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9 de agosto: Dia Internacional dos Povos Indígenas

Conheça a aldeia Yvy’ã Poty, localizada no Bonito, interior de Camaquã, onde vivem cerca de 15 famílias de etnia Mbyá Guarani


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 09/08/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A Aldeia Yvy’ã Poty, em português “Flor da Serra”, vive há 5 anos na localidade de “Bonito”, 4º distrito de Camaquã. Antes disso, eles viveram na Santa Auta, por 2 anos. Atualmente são 17 famílias da etnia “Mbya Guarani”, que tem sua maior concentração no Sul do Brasil.

Cristiano Kuaray, filho de João, o cacique da aldeia, explica que “índio” não é a melhor forma de denomina-los, pois a palavra também significa “povo sem espírito, sem alma”. Eles pedem, então, que sejam chamados de indígenas. Segundo ele, no Brasil existem mais de 300 etnias indígenas com culturas e idiomas diferentes. O idioma que eles se comunicam é o Mbyá Guarani, ensinado desde os primeiros anos para as crianças.

A rotina na aldeia consiste na preservação da natureza e produção de alimento. Cada família tem a sua horta. Cristiano afirma que a aldeia não recebe nenhum valor do governo além do “bolsa família”. O artesanato é a principal fonte de sustento. Ilza Yva, de 25 anos, é uma das responsáveis pela arte. Ela fala pouco o português, mas explicou que os colares e as pulseiras feitas de miçangas fazem parte também da vestimenta das Guaranis, evidenciando sua cultura.

Foto: Luísa Flores/Clic Camaquã

Para as crianças, a aldeia possui uma escola com dois professores indígenas e uma professora não indígena, onde são ensinados primeiramente pela língua Mbya Guarani e posteriormente aprendendo o português.

O preconceito na cidade ainda existe, segundo Kuaray, além de ataques nas redes sociais. “Algumas pessoas se incomodam com a gente lá. Eu costumo dizer que não é o índio que está na cidade, a cidade que veio até o índio. Fazem piada que somos índios modernos, só estamos vivendo de acordo com o presente, igual a todos. Não fazemos maldade, nem piada, nós respeitamos vocês e queremos o mesmo” declara.

O ano novo deles é comemorado em novembro, quando nascem as plantações. Nesta época fazem um evento aberto ao público, com trilhas, palestras, música, exposição de artesanatos e rezas. A crença é no Deus “Nhanderú”, cultuado através de uma reza que acontece semanalmente, quando os indígenas se reúnem em volta da fogueira. Para eles, a força da natureza é a responsável pela paz. Nhanderú é o criador de tudo e seu espirito é quem cuida. Não-indígenas também são aceitos nas rezas.

Nos últimos dias, a aldeia vem sofrendo invasões, roubos e vandalismo. Segundo eles, não é a primeira vez. Homens entraram durante a madrugada, alimentos já foram roubados e até animais machucados. Agora os guerreiros, como são chamados, se revezam em passar as noites em claro para vigiar o local. Apesar do medo, eles não pretendem bloquear a estrada. “Nosso principal objetivo é proteger uns aos outros”.

Confira o vídeo

 

Dia Internacional dos Povos Indígenas

O dia 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas, foi criado pela Organização das Nações Unidas (Onu) para conscientizar sobre a inclusão destes povos na sociedade, alertando sobre seus direitos como saúde, própria nacionalidade, cultura, crenças, preservação de sua integridade e não remoção de seus territórios. No Brasil, a atenção à saúde destes povos é diferenciada, com mecanismos e estruturas singulares na rede de atendimento para atender a este segmento e suas especificidades.

Aqui no Estado, a função da Secretaria da Saúde (SES) é apoiar de forma complementar e qualificar a atenção básica com o objetivo de melhorar a situação de saúde destes povos, bem como apoiar propostas que visem a uma atenção diferenciada em todos os níveis de atenção à saúde. Porém, diferente do que ocorre no Sistema Único de Saúde (SUS) como um todo, onde a contratação das equipes é realizada pelos municípios, a atenção primária à saúde indígena é de responsabilidade primeira da União. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, é a executora destas políticas.

“O trabalho do Estado em relação à saúde indígena é um pouco diferente do prestado ao restante da população”, explica Guilherme Müller, da Coordenação Estadual da Saúde Indígena, da Secretaria da Saúde (SES). Ele informa que grande parte deste segmento se encontra em condições de alta vulnerabilidade social e econômica. Muitos acampamentos sofrem com graves problemas como falta de saneamento básico e de água potável, fatores que impulsionam agravos como diarreias e doenças de pele, além de doenças prevalentes como diabetes, hipertensão e obesidade. “Tuberculose é encontrada três vezes mais nesta população”, observa Guilherme Müller. Os índices de depressão e suicídio são mais elevados e também preocupam os altos índices de violência. “A atenção básica é a principal carência destes povos”, acrescenta.

Ele destaca ser uma busca cotidiana do trabalho a qualificação das equipes que fazem atendimento aos indígenas para que conheçam os aspectos culturais e possam bem atender esta população. “É papel do Estado atuar em conjunto com os municípios e os profissionais da Sesai, dialogar com as equipes multiprofissionais presentes nestas comunidades, para conhecer a realidade”, aponta.

No Brasil são mais de 800 mil indígenas distribuídos em cerca de 305 etnias diferentes. Uma população que busca manter vivas suas culturas e as 274 línguas indígenas faladas no país.

No Rio Grande do Sul, a população indígena aldeada se distribui atualmente em 65 municípios, sendo a maior parte (cerca de 54%) concentrada ao norte. Estes municípios somam aproximadamente 23 mil indígenas. Além destes, há os que vivem nos centros urbanos, fora das aldeias. Em 2010 o Estado somava perto de 33 mil, entre aldeados e não aldeados, divididos entre as etnias Guarani, Kaingang e Charrua. A estimativa é que este número, hoje, seja bem maior.


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