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Desfile de 7 de setembro é símbolo do novo patriotismo na gestão Bolsonaro

Primeiro evento que celebra a Independência do Brasil com o novo presidente promete ser marco de onda nacionalista


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 07/09/2019 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Primeira parada cívica com Jair Bolsonaro à frente da Presidência, o desfile de 7 de Setembro, neste sábado, em Brasília, promete ser um marco da onda nacionalista em ascensão no Brasil. Desde a guinada política suscitada pelos protestos anticorrupção, pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pela eleição de 2018, os símbolos da nação tornaram-se insígnias da direita brasileira – em especial, do eleitorado bolsonarista, que assume protagonismo na exaltação do orgulho pátrio.

Capitão reformado do Exército, Bolsonaro aglutinou em torno de si homens e mulheres insatisfeitos com os rumos do país, que ganharam as ruas vestidos de verde e amarelo. Adotou o lema “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, cercou-se de generais e assumiu discurso em defesa da soberania nacional.

 

Ao lançar a Semana do Brasil, na última terça-feira, disse que os festejos servirão para “mostrar ao mundo que aqui é o Brasil, que a Amazônia é nossa”. Convocou o povo a incorporar as cores da flâmula – apropriadas com brio por seus apoiadores – e criticou quem se nega a reverenciar os emblemas brasileiros.

— Parece que saudar bandeira, cantar o Hino Nacional, até se levantar por ocasião do cântico passou a ser reprovável. Teve gente que começou a queimar bandeira por aí — advertiu o presidente. 

Para setores da esquerda, usar a camiseta canarinho e agitar o estandarte tornaram-se sinônimos de “bolsominion” – epíteto atribuído a fiéis bolsonaristas. Há quem tenha deixado de torcer pela Seleção, abrindo mão de episódios genuínos de celebração cívica, para não ser associado à nova gestão. A retórica presidencial, avalia Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), contribui para a divisão. 

— A suposta dicotomia entre patriotas falsos e verdadeiros faz parte do arsenal populista há tempos, tanto quanto a associação entre orgulho pátrio e apoio ao governo. Imagino que poucos críticos sairão às ruas usando a camisa amarela neste sábado, e isso é um problema. Ninguém tem o direito de dizer quem é patriota e quem não é. Mas, se tenho vergonha de ser patriota, vou ceder terreno. Patriotismo não é algo negativo. É importante, inclusive, como alternativa ao nacionalismo, que pode resultar em posturas agressivas e xenófobas — alerta Stuenkel.

Historiador e brasilianista, o norte-americano James Green, professor da Brown University, argumenta que Bolsonaro “usa o nacionalismo para mobilizar apoio e justificar ações”. Estratégia semelhante, segundo Green, foi adotada na ditadura militar. 

— A extrema-direita usou o nacionalismo e o patriotismo contra a esquerda, especialmente no governo Médici (de 1969 a 1974). O slogan Brasil, ame-o ou deixe-o foi uma tentativa de dizer que os oponentes do regime militar não eram patrióticos, não amavam o Brasil – lembra Green, que estudou na Universidade de São Paulo (USP) e ajudou a fundar o PT.

 Sem ligações político-partidárias, o general da reserva Fernando Telles Bandeira, ex-chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sul, também identifica no atual governo a intenção de invocar nova onda patriótica, mas faz a ressalva de que “o patriotismo é cíclico”. Bandeira aponta surtos do tipo em ocasiões distintas, da proclamação da República, em 1889, à promulgação da Constituição, em 1988. 

— Não há dúvida de que há intenção de incutir na população valores patriotas, usando a causa da Amazônia como elemento galvanizador, mas a questão é complexa. A esquerda, às vezes, confunde patriotismo, que é o amor à pátria, com nacionalismo, que pode significar um sentimento de superioridade. Em certa medida, nacionalismo é bom. O problema é quando descamba para radicalismo — pondera Bandeira. 

 O risco, na avaliação do cientista político Fernando Schüler, do Insper, “é mínimo”: 

 – Não acho que seja marca da cultura brasileira qualquer nacionalismo extremado. O que há é excessiva polarização. Pela evolução recente da política brasileira, os símbolos nacionais acabaram incorporados por um dos lados. Isso foi potencializado por Bolsonaro, por ser militar.

 Ainda que identifique diferenças no conceito de nacionalismo aqui e na Europa, Schüler reconhece que o estilo de Bolsonaro “estimula o confronto” e lamenta a cisão.  

— Todos os segmentos políticos deveriam celebrar nossos símbolos. Erram tanto os que se imaginam donos da bandeira, quanto os que a repudiam. Ser patriota é entender que o país pertence a todos. É trabalhar com o conceito de não exclusão. A partir daí, torna-se possível o diálogo, a produção de consenso. Vivemos um momento difícil da política brasileira, mas o confronto não é nosso destino — afirma o cientista político. 

 Ufanismo em cena 

  • Em seu primeiro 7 de Setembro como presidente, Bolsonaro prepara um dos maiores desfiles militares dos últimos tempos, em paralelo a uma campanha publicitária para estimular o consumo no país. 
  • A expectativa do governo é atrair 50 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios, ao custo de R$ 971,5 mil (15% acima do valor gasto em 2018).
  • O desfile contará com 3 mil soldados, blindados da Marinha e do Exército, caças da Força Aérea e a Esquadrilha da Fumaça.
  • Com o aparato, o presidente planeja mostrar força e alavancar a popularidade em queda. 


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