Defesa do ex-comandante da PMDF pede ao STF revogação da prisão
No documento, os advogados rebatem a acusação de suposta omissão e conivência por parte do então comandante-geral da PMDF
A defesa do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Vieira apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de revogação de prisão. Vieira foi exonerado após os atos criminosos que ocorreram em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Segundo a defesa, o Departamento de Operações (DOP) é responsável pelo planejamento e execução das ações, e as informações repassadas não mostravam que poderia haver uma manifestação de porte grande e com risco de depredação.
No pedido, a defesa cita que a situação foi descrita pelo interventor federal, Ricardo Cappelli, em entrevista coletiva ocorrida nesta sexta-feira (27).
No documento, os advogados rebatem a acusação de suposta omissão e conivência por parte do então comandante-geral da PMDF.
Com base no relatório da intervenção, apresentado na semana passada, a defesa diz que cabia ao Departamento de Operações (DOP) da PMDF o planejamento e a execução do policiamento na Esplanada.
A defesa afirma que o coronel não participou do planejamento, da estruturação nem da organização da operação, que cabia ao Departamento de Operações.
“Até o dia dos eventos, as informações repassadas pelo DOP eram no sentido de que o efetivo policial a ser empenhado naquela data era suficiente e que o ânimo da manifestação seria pacífico, de modo que o requerente não teria motivo legítimo para desconfiar de sua inveracidade”, argumentou a defesa.
Os advogados ainda reportaram a Alexandre de Moraes a fala do interventor federal, Ricardo Cappelli, referente à atuação de Fábio Augusto no dia da invasão.
Ricardo Cappelli afirmou que o coronel perdeu o comando da tropa.
“Esteve, desde o início da manhã, no Campo de Operações; tentou defender as linhas; tentou defender o Congresso Nacional; depois, atuou no STF; e, apesar do esforço individual dele, apesar das tentativas dele de mobilizar as outras tropas e outros batalhões, os apelos e as ordens não foram atendidas”, declarou Cappelli, em coletiva de imprensa na última sexta-feira (27).
Defesa do ex-comandante da PMDF pede ao STF revogação da prisão.