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Cresce o número de trabalhadores desempregados, que realizam “bicos” ou que desistiram de procurar vagas

Já são 974 mil pessoas na situação. Marca é a mais elevada em seis trimestres no Estado


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 04/06/2019 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

As dificuldades na busca por emprego representam uma das faces da fraqueza da economiana largada de 2019. Entre janeiro e março, o número de trabalhadores subutilizados aumentou para 974 mil no Rio Grande do Sul, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A marca é a mais elevada em seis trimestres no Estado, ou seja, desde 2017. 

O número cresceu 10,2% em relação ao período imediatamente anterior, de outubro a dezembro do ano passado. Frente ao primeiro trimestre de 2018, o avanço foi de 2,1%. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Segundo o IBGE, o grupo de subutilizados abrange três categorias. A primeira é a dos trabalhadores desocupados, ou desempregados, que procuram, mas não encontram vagas com ou sem carteira assinada. A segunda contempla os subocupados, que realizam atividades de menos de 40 horas por semana, como os populares bicos. 

A terceira é descrita como força de trabalho potencial. Engloba tanto pessoas que chegaram a buscar empregos, mas não estavam disponíveis para trabalhar — por diferentes motivos, na semana de referência da pesquisa — quanto profissionais desalentados que desistiram de procurar vagas.

 

Mais trabalho precário

Coordenador da Pnad Contínua no Estado, Walter Paulo de Sousa Rodrigues avalia que a alta no grupo de subutilizados entre o último trimestre de 2018 e o primeiro de 2019 reflete, em parte, questões sazonais. Historicamente, as festas de final de ano geram contratos de trabalho temporário, que tendem a ser encerrados após o Natal e o Réveillon. Para o analista, o que chama atenção é o avanço do grupo em relação ao começo de 2018.

Com menos tempo de trabalho, a tendência é de que o rendimento familiar também caia. Isso influencia toda a cadeia econômica

WALTER PAULO DE SOUSA RODRIGUES

Coordenador da Pnad contínua no Rio Grande do Sul

— Nessa comparação, não há influências sazonais. Os dados mostram que o mercado de trabalho não teve a retomada esperada. Sem crescimento na economia, não há grande geração de empregos — pontua Rodrigues.

O avanço da população subutilizada frente ao primeiro trimestre de 2018 foi puxado pela alta verificada na faixa de subocupados. Segundo o IBGE, o número de trabalhadores nessa categoria cresceu 13,2%, para 291 mil. No sentido contrário, o contingente de desempregados caiu 4,7%, para 485 mil. Enquanto isso, a força de trabalho potencial subiu 5,3%, para 198 mil.

Na avaliação de Rodrigues, a mensagem deixada pelos dados é clara. Para o analista, o número de desempregados caiu graças à ida de mais gaúchos para atividades com carga horária menor, o que caracteriza a categoria de subocupados, em elevação no início do ano.

— Com menos tempo de trabalho, a tendência é de que o rendimento familiar também caia. Isso influencia toda a cadeia econômica, já que o consumo é uma das molas propulsoras do crescimento — frisa Rodrigues.

No Brasil, o número de subutilizados alcançou a marca de 28,3 milhões no primeiro trimestre. O número é o maior da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Representa alta de 5,6% na comparação com o quarto trimestre de 2018 e avanço de 3% ante igual período do ano passado.

O economista Giácomo Balbinotto Neto, professor da UFRGS, aponta que os dados são parte da herança deixada pela última recessão brasileira, que ocorreu entre 2015 e 2016. O analista acrescenta que a fraqueza da economia no país também atingiu indicadores como o de investimentos de empresas para aumento de produção, medidos pela formação bruta de capital fixo (FBCF), que caiu 1,7% no primeiro trimestre, como mostrou o IBGE. A redução reflete incertezas de empresários com o desempenho de diferentes setores na largada do ano. Sem clareza do cenário e com capacidade ociosa dentro das fábricas, donos de empresas tendem a represar aportes e novas contratações.

— Os investimentos, que poderiam ajudar, estão deprimidos. A economia segue patinando. Não consegue gerar empregos em grande quantidade — relata Balbinotto Neto.

Não há sinal claro de melhora na criação de empregos

O cenário para o mercado de trabalho nos próximos meses é visto com preocupação por especialistas. Segundo eles, não há sinais claros de que a criação de empregos receberá grande impulso no curto prazo. A avaliação está ancorada no fraco desempenho da economia nacional, que frustrou expectativas no início deste ano. Sem crescimento mais robusto no Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos serviços e bens produzidos pelo país, a abertura de vagas não deverá deslanchar, indicam analistas.

Para o professor Istvan Kasznar, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV), as dificuldades do mercado de trabalho refletem defasagens estruturais na economia e na área de educação do país.

— As perspectivas são ruins, porque não se cria empregos de supetão. Talvez haja reversão nas expectativas no segundo semestre, com a aprovação da reforma da Previdência, desde que a proposta não seja depenada no Congresso. Assim, o país poderia sentir alguma retomada nos investimentos  — observa Kasznar.

Reforma tributária é um dos caminhos para acelerar a economia

Professor da UFRGS, o economista Giácomo Balbinotto Neto defende mudanças na matriz tributária para que o Brasil consiga gerar mais empregos. Na avaliação de Balbinotto Neto, as alterações poderiam diminuir a complexidade existente na área. 

— Empresários reclamam da malha tributária. Não é fácil saber se os impostos estão sendo pagos de maneira correta ou não no país, porque envolvem questões complexas. O país também precisa de medidas que estimulem a abertura de empresas e, consequentemente, a criação de empregos — sublinha Balbinotto Neto.

A reforma tributária é uma das promessas do governo Jair Bolsonaro. O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, sinalizou no último dia 30 que o projeto do Palácio do Planalto deverá ser enviado ao Congresso em junho. 

Outra proposta de reforma tributária, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), já tramita na Câmara. O texto assinado pelo parlamentar prevê unificar cinco tributos federais, estaduais e municipais em um só Imposto sobre Bens e Serviços.

 

 

 

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