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ClicTV: “Uma a cada três mulheres é abusada sexualmente no trabalho”, diz especialista

Na segunda reportagem da série exclusiva do Clic Camaquã, psicólogo aborda atitudes que caracterizam assédio sexual no ambiente profissional e formas de superar o trauma


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 14/10/2017 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Com a intenção de quebrar o silêncio que permeia os casos de assédio sexual no trabalho, o Clic Camaquã lançou uma série exclusiva de reportagens sobre o tema. Nesta sexta-feira (13) duas camaquenses, as quais foram chamadas pelos nomes fictícios “Flávia” e “Simone”, quebraram o silêncio e relataram os episódios de abuso que sofreram em empresas da cidade.

Relembre a matéria

ClicTV: “Cheguei na sala dele e o que vi foi traumatizante: ele estava nú”, afirma vítima

Para auxiliar as vítimas que sofrem diariamente este tipo de abuso, nossa reportagem conversou com o psicólogo e neurocoach Enio Júnior: “Uma a cada três mulheres já foram abusadas sexualmente no ambiente de trabalho”, relata o profissional. Segundo Enio, algumas das características marcantes em uma vítima de assédio sexual no trabalho são a distorção da própria imagem, fragilidade em trabalhar, depressão e crises de ansiedade e de pânico.

ASSISTA A ENTREVISTA:

Ainda conforme Enio, a pessoa abusada também sofre com a dificuldade em manter relacionamentos interpessoais, pois sempre haverá desconfiança e medo que o trauma se repita: “Isso põe em crédito as relações futuras no ambiente profissional; ela sempre vai ter um pé atrás. É uma concorrência dela com ela mesma”, completa.

Simone: “Ele dizia coisas que me deixavam constrangida, do tipo: “gostosa”, “você fica com um bundão com essa calça.”

Uma pesquisa realizada pela Comissão de Igualdade de Trabalho e Emprego (CITE) listou aspectos que caracterizam o abuso sexual no ambiente profissional. “Alguns deles são: olhares ofensivos e a fixação destes olhares; é como se o abusador dissesse “eu te desejo”; alusões grosseiras e humilhantes; piadas de baixo calão; comentários sobre a aparência física ou partes do corpo e vestimenta da vítima. Toda ação que tenha conotação sexual e deixe a vítima em estado de constrangimento é abuso.”, acrescenta o psicólogo.

Outras atitudes também listadas pela pesquisa do CITE e que frequentemente acontecem em casos de abuso no trabalho são a exibição de imagens pornográficas na mesa de trabalho, na tela do computador. “Mesmo que o abusador não esteja presente, a vítima vai olhar essas imagens e vai se familiarizar com o tema. Além de mensagens em redes sociais; toques indesejados; gestos que não necessariamente sejam obscenos, mas que passem uma mensagem à vítima”, finaliza Enio.

Flávia: “Ele me forçou um beijo. (…) Depois entrei na sala e ele estava nú.”

Segundo Enio Júnior, quando uma organização trabalha com hierarquias, o assediador usa o abuso como artifício, a fim de comprar a vítima. Caso a abusada não ceda às investidas, acontece a chamada “vingança passiva”, onde inicia a perseguição: o abusador cria sistemas de exclusão, tornado o ambiente de trabalho insuportável; tudo isso com a intenção de que a vítima peça demissão.

Foi o que aconteceu com Simone: abusada diariamente por um superior da empresa, acabou se demitindo. “A vítima por si só já não tem o poder de lidar com esse assédio, então se demite, levando na bagagem todo trauma vivido”, completa o neurocoach.

Apesar do abuso sexual no trabalho causar impactos negativos na vida da vítima, o caso não é irreversível: “se colocar à frente do trauma é uma das formas de dar a volta por cima. A vítima precisa da ajuda dos amigos e familiares para enfrentar esta situação. Além de buscar apoio psicológico e psicoterapêutico, a vítima também pode contar com o uso de medicamentos psicofarmacos sob prescrição médica; eles são aliados para regular o estresse, a ansiedade e as crises de pânico”, finaliza o psicólogo Enio Júnior.

Neste domingo (15), você vai conferir a continuação desta reportagem. O Delegado Regional de Camaquã, Vladimir Urach, irá falar sobre a lei que ampara as vítimas e como denunciar o abusador. 


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