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ClicTv: STF permite sacrifício de animais em cultos religiosos

Sacerdote Umbandista de Camaquã, Pai Daniel esclarece sobre a prática e explica não se tratar de um ritual Umbandista


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 10/04/2019 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no fim do mês de março, por unanimidade, que o sacrifício de animais em rituais religiosos é constitucional. O caso foi definido no âmbito de recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra uma decisão do Judiciário do Estado que definiu que o sacrifício dos animais não viola o Código Estadual de Proteção aos animais. A norma local definiu que os rituais de sacrifício nas religiões africanas não são inconstitucionais, “desde que sem excessos ou crueldade”.

O julgamento começou no ano passado e foi finalizado no dia 28 de março. Na conclusão, os ministros entenderam que a crueldade contra os animais não faz parte do ritual de culto das religiões de origem africana. Além disso, a Constituição garante a liberdade de culto religioso a todos os cidadãos.

A reportagem do Portal Clic Camaquã entrou em contato com o Sacerdote Umbandista Pai Daniel, fundador de um dos terreiros de Umbanda mais antigos de Camaquã, para entender sobre o assunto. Confira as informações relatadas por ele, divididas nos seguintes tópicos:

Quais são as religiões que praticam sacrifício de animais em seus rituais:

Pai Daniel começa frisando que a prática não faz parte da Umbanda, religião de origem brasileira. Estes rituais são praticados por religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Nação, aqui no Sul.

Qual a crença que a prática representa:

Pelo fato de serem religiões ancestralizadas, eles acreditam que o sangue é vida, energia vital. Sem essa energia vital com seus Orixás, é como se não existisse a conexão com a vida. Este sangue é necessário para que na “feitura” do santo, segundo a visão deles, dê vida ao assentamento.

Animais usados nos rituais:

Os animais usados geralmente são galinhas, galos e os animais de quatro patas, que são porcos, bodes, cabras, ovelhas. Não existe, dentro da nação, sacrifícios de gatos, cachorros ou outros animais domésticos. Existe também uma época para esta prática, não são todos os anos, tem pessoas que fazem até mesmo a cada quatro anos. Há um limite de animais, não sendo uma prática banalizada.

Como acontece o sacrifício:

Os animais são animais saudáveis, que ficam um determinado tempo no terreiro sendo alimentados e bem cuidados. Eles não sofrem maus tratos, até porque, é um animal que será abençoado e oferecido ao Orixá. É tudo feito com bastante rapidez, de forma que ele não sinta dor.

O que é feito após o ritual:

A carne é consagrada ao ser humano. Servirá de alimento para as pessoas que estiveram na obrigação e também oferecida à pessoas que não tem alimento.

Pai Daniel utiliza uma metáfora para facilitar a explicação “Digamos que eu crie galinhas no meu pátio e recebo uma visita. Para agradar a visita, eu decido que vou matar uma das minhas galinhas caipiras para fazer o almoço. Se eu sou uma pessoa que tenho fé em Oxóssi, por exemplo, qual seria a maldade de oferecer o sangue dessa galinha para a Mãe Terra, as penas para Oxóssi e o alimento servir para minha visita? Estou agradecendo a Mãe Terra pelo alimento, as penas para enfeite e a carne para meu servir de meu alimento. Qual o pecado disso?”

O sacerdote reforça que o ritual não é uma prática Umbandista. “A falta do conhecimento faz com que as pessoas generalizem tudo, acreditando que Umbanda, Candomblé e Nação são a mesma coisa. Três religiões diferentes, cada uma com seus princípios de ritualística”.

Segundo ele, a Umbanda é totalmente voltada ao meio ambiente. Tudo que possa poluir ou contaminar, não é uma prática Umbandista. Quando são feitas oferendas, são frutas que são depositas sobre folhas. O que os animais não comem, se deteriora e vira adubo. Vidros e plásticos não são utilizados.

Confira a fala dele em vídeo:

 


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