Carne Fraca: Temer anuncia força-tarefa para auditoria de frigoríficos
Presidente convidou embaixadores para ir a churrascaria comer carne brasileira
O presidente Michel Temer se reuniu na tarde deste domingo (19) com embaixadores e representantes de países importadores da carne brasileira para tratar da Operação Carne Fraca. A reunião foi marcada, de acordo com Temer, para prestar esclarecimentos já que a notícia criou preocupação muito grande tanto nos países exportadores como aos consumidores.
Temer anunciou que foi acelerado o processo de auditorias nas 21 unidades citadas pela Polícia Federal (PF), que será feito por uma força-tarefa específica do Ministério da Agricultura. Para o presidente, é importante ressaltar que este número é mínimo em relação ao grande número de plantas frigoríficas no país, num total de 4.837 unidades.
O presidente destacou também que dos 11 mil funcionários do ministério, apenas 33 estão sendo investigados.
“O ministério da Agricultura tem um rigoroso serviço de inspeção de produtos de origem animal, exportando para mais de 150 países. Somente em 2016, foram feitas 853 mil partidas para o exterior e dessas apenas 184 foram consideradas fora da conformidade, sendo a maioria por questões menores como rotulagem e preenchimento de certificados, não por questão sanitária”, afirmou Temer.
Também foi anunciado que todas as plantas exportadoras permanecem abertas às inspeções dos países importadores que desejarem.
Ao final do pronunciamento na abertura da reunião, Michel Temer convidou todos os embaixadores e representantes dos países a irem a uma churrascaria em Brasília para comer a carne brasileira.
Mais cedo, o presidente esteve reunido com as associações de produtores e ouviu deles sobre a preocupação do impacto após a Operação Carne Fraca. Para o presidente da Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, as entidades apresentaram ao presidente os prejuízos que o país pode ter:
“A desinformação está sendo letal para os interesses do país, ou seja, nós estamos sujeitos a perder mercado lá fora, que abrimos a dura penas. Aqui dentro uma desinformação que vai inibir o consumo, uma imagem negativa. E tudo isso aconteceu por uma informação irresponsável que nivelou tudo igual, não desceu no detalhe de quem fez”, disse.