Laboratório Central do estado já possui técnicas para diagnosticar Mormo
Doença pode ser transmitida em humanos
A Seção de Bacteriologia do Laboratório Central do Estado (IPB-Lacen, da Fepps) está apta a proceder ao diagnóstico laboratorial de amostras clínicas de casos suspeitos de Mormo. O diagnóstico definitivo requer o isolamento e identificação da B. mallei, e é testado com cultura de sangue, secreções purulentas de lesões cutâneas, abscessos, linfonodos, líquido pleural ou qualquer outro espécime clínico.
A equipe coordenada pela farmacêutica bioquímica Loeci Natalina Timm domina as técnicas microbiológicas e possui condições de dispor o resultado no menor intervalo de tempo possível através do Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), com acesso pela web 24 horas todos os dias da semana. O Lacen é um dos poucos no Brasil apto prestar este tipo de serviço.
O diretor Fernando Kappke destaca que o Fepps/IPB-Lacen é um laboratório de referência estadual em Saúde Pública. Por isso, é importante transmitir a todos os serviços de saúde que o fluxo de encaminhamento de amostras é através da vigilância em Saúde (estadual e municipal). De acordo com Kappke, é fundamental que o contato seja feito junto ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), com acesso diferenciado pelo Disque-Vigilância: 150 e/ou e-mail: [email protected]
Mormo
O Mormo é uma doença infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei (B. mallei), que acomete inicialmente os equídeos (cavalos, burros e mulas) e, ocasionalmente, outros animais. Pequenos ruminantes também podem ser infectados se mantiverem contato com animais doentes.
A doença pode ser transmitida em humanos pelo contato direto com secreções e úlceras cutâneas de animais doentes, bem como por meio de objetos contaminados (bebedouros, comedouros, etc.). A bactéria pode penetrar no organismo através da pele e/ou das mucosas dos olhos e nariz, ou fluidos corporais de animais infectados.