Campanha do Agasalho necessita mais roupas infantis e cobertores, diz governo gaúcho
Previsão de instabilidade nos próximos meses reforça que espírito solidário precisa continuar
O frio e a chuva retornaram ao Rio Grande do Sul e devem seguir nas próximas semanas, mesmo com algumas oscilações pontuais na temperatura. Por isso, é importante que os gaúchos continuem participando da Campanha do Agasalho. Desde o início, em 4 de junho, a Defesa Civil Estadual já recebeu 151.800 peças de roupa, 9.910 pares de sapatos, 1.765 cobertores, 1.640 artigos de cama, mesa e banho e 2.825 quilos de alimentos não perecíveis. Os itens foram distribuídos para 47 municípios e 27 entidades.
Segundo o chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Alexandre Martins, o número é considerado bom, mas o espírito solidário precisa continuar. “Os próximos meses vão ter muita instabilidade, mais do que o normal, com muita chuva e frio rigoroso. Então, a Campanha do Agasalho também é muito importante nesse sentido de amenizar os efeitos dos fenômenos climáticos na vida das comunidades. Porque repassamos o que recebemos para as prefeituras e dezenas de entidades assistenciais, como asilos e creches. A mobilização precisa ser contínua e ampla porque as pessoas precisam de ajuda o ano todo”, explicou.
No momento, as maiores necessidades da Central de Doações são roupas infantis e cobertores porque o estoque destes itens está quase vazio. O apelo por roupas para crianças, aliás, é o foco da campanha deste ano, que tem o tema O seu guarda-roupa esconde verdadeiros tesouros. Agasalhos e calçados infantis sempre são mais difíceis de conseguir porque as pessoas costumam doá-los para parentes e amigos. Mas é claro que peças para adultos continuam sendo importantes, assim como cobertores, colchões, produtos de higiene pessoal, materiais de limpeza e alimentos não perecíveis.
Se a ajuda durar o ano inteiro, a Central de Doações da Defesa Civil, que repassa os materiais para prefeituras e organizações não governamentais, dificilmente vai ficar desabastecida, o que é especialmente importante quando ocorrem fenômenos meteorológicos adversos, como temporais e alagamentos.