Camaquenses se unem para prestar ajuda humanitária
Um ponto de coleta de doações chamou atenção pela intensa movimentação durante os últimos três dias; Camaquã tem mais de 250 vagas disponíveis para receber atingidos pelas enchentes
Nos últimos dias, entidades ligadas a iniciativa privada e poder público se uniram para prestar ajuda humanitária e promover campanhas de arrecadações que serão destinadas aos atingidos pelas enchentes que mais uma vez abalam o Rio Grande do Sul. O Governo do Estado reativou o PIX, com o CNJP: 92.958.8000/0001-38.
Em Camaquã, um ponto de coleta localizado na Praça Zeca Netto chamou atenção pela intensa movimentação na sexta (3), no sábado (4) e domingo (5). Ao menos uma carreta e outros dois caminhões foram utilizados para arrecadação de alimentos, produtos de higiene, colchões, cobertores e até mesmo ração para animais.
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No sábado, a Prefeitura de Camaquã destinou um comboio de transportes com o objetivo de auxiliar no resgate de desalojados na Região Metropolitana. Ao menos oito pessoas estão abrigadas no Teatro do Sesc e outros estão em casas de parentes e amigos em Camaquã. Entre os que foram destinados ao Teatro do Sesc, há uma gestante que foi encaminhada para o HNSA, onde pode ser melhor atendida.
No Ginásio Municipal de Esportes, cerca de 250 colchões foram preparados para receber desalojados.
Moradores de Camaquã também enfrentam problemas devido o grande volume de chuva e cheia de rios e arroios. Em parte do interior, pontes e estradas estão em situações intransitáveis. Na região da várzea, pela quarta vez em menos de um ano as casas foram alagadas pela cheia do Camaquã. Voluntários e autoridades também atuam para entrega de mantimentos para estas comunidades.
De acordo com o boletim da Defesa Civil atualizado no final da tarde deste domingo (5), às 18h, mais de 800 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas pelas enchentes nos 341 municípios atingidos. São 78 óbitos confirmados e ao menos 105 desaparecidos. O número de pessoas fora de casa passa de 130 mil.
No Guaíba, de acordo com a última atualização, às 7h, a cota estava em 5 metros e 27 centímetros, sendo a maior enchente da história de Porto Alegre e o maior desastre climático do Rio Grande do Sul.
A Costa Doce e regiões costeiras da Lagoa dos Patos seguem em alerta para inundações.
Confira reportagem com um balanço geral no final da tarde domingo (5) em Camaquã:
Texto: Pablo Bierhals