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Atropelamentos de crianças e adolescentes crescem 62% nas rodovias estaduais do RS

Levantamento comparou os acidentes ocorridos entre 2014 e 2018


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 28/05/2019 Atualizado 26/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O número de atropelamentos envolvendo crianças e adolescentes nas estradas estaduais gaúchas aumentou nos últimos cinco anos. O crescimento foi de 61,72%, passando de 209 casos, em 2014, para 338, em 2018. Os dados são do Comando Rodoviário da Brigada Militar

Levando em consideração o número de acidentes gerais na faixa etária de zero a 17 anos, porém, houve redução de 46,07%. Nas estradas federais também houve uma diminuição. Casos como esses, entretanto, têm sido um dos temas debatidos durante todo o mês dentro do Movimento Maio Amarelo – sobre prevenção no trânsito.

Sobre o aumento dos atropelamentos nessa faixa etária nas vias estaduais gaúchas, o chefe de operações e treinamento do CRBM, Major Helcio Moisés Gaira, diz que não é incomum encontrar adolescentes caminhando às margens das rodovias e até mesmo dirigindo veículos. Ele diz ainda que a corporação atua em duas grandes frentes para reduzir os acidentes. A primeira é a fiscalização. São 39 postos do CRBM espalhados pelo Estado.

— Verificamos o foco, onde está acontecendo o acidente, e lá nós empregamos a nossa força policial — destaca Gaira.

O militar afirma ainda que a prevenção é algo também muito importante para redução dos índices de acidentalidade, incluindo palestras sobre conscientização no trânsito.

O major diz que a Brigada Militar possui uma Escolinha de Trânsito da BM que “realiza a prevenção junto a crianças e adolescentes nos diversos eventos e municípios que pedem a presença da corporação”.

Gaira também cita a tecnologia a serviço da segurança dos motoristas e também os flagrantes envolvendo crianças e adolescentes, como a irresponsabilidade ou desconhecimento de alguns pais.

— Quando a mãe segura o filho no colo sem usar nenhum dispositivo de segurança adequado para transportar a criança, em um eventual acidente, ela (a criança) é projetada para fora do veículo ou bate no vidro – alerta Gaira.

Rodovias federais

Assim como nas vias de Porto Alegre e nas estradas estaduais, o número de acidentes envolvendo crianças e adolescentes nas rodovias federais gaúchas vem caindo ao longo dos últimos cinco anos. 

A redução foi de 56,59%, passando de 3.315, em 2014, para 1.439, em, 2018. A queda no número de mortos é ainda maior: 72,73%, isto é, de 77 para 21.

O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Cássio Garcez, chefe de comunicação social da instituição no Rio Grande do Sul, reforça a importância dos cuidados das crianças e adolescentes pelos pais.

— Quando pedestre, é importante que os pais fiquem atentos. De preferência tenham a criança sob controle, seja pela mão ou alguma outra maneira de evitar que elas atravessem uma rodovia sozinhas. Orientem que elas sempre usem passarelas quando disponíveis – explica Garcez.

Ele lembra que acidentes envolvendo vítimas até 17 anos sempre causam grande comoção e “constituem um dos focos da fiscalização da PRF com objetivo de reduzir e, se possível, eliminar essas ocorrências”.

Por isso a fiscalização é intensificada em relação ao uso dos dispositivos de retenção para crianças: até dez anos são obrigadas a transitar no banco traseiro, e enquanto medirem até 1m45cm de altura, precisam de alguma forma de dispositivo no assento. Campanhas educativas são realizadas, principalmente após estudos sobre os tipos de imprudência, como flagrantes de descuido ou desconhecimento dos pais sobre regras.

Segundo Garcez, o número de multas aplicadas pelo não uso dos dispositivos de retenção vem aumentando nos últimos anos, o que significa que há mais fiscalização, refletindo na menor participação de crianças em acidentes graves.

Educação

A diretora-institucional do Detran gaúcho, Diza Gonzaga, reforça que os pais precisam ficar atentos às crianças. Aos motoristas, recomenda prudência ao volante.

— Precisam reduzir drasticamente a velocidade. E transportar as crianças nos automóveis em segurança, com equipamento adequado, seja o cinto, o booster ou a cadeirinha, mesmo em pequenas distâncias. Nós temos estudos que mostram que a grande maioria dos acidentes ocorre próximos das casas ou em pequenos deslocamentos – explica Diza, reforçando a importância dos pais na educação dos filhos no trânsito e lembrando que “mais vale um exemplo do que mil palavras”.

Já o sociólogo e especialista em segurança viária Eduardo Biavati destaca que a redução de acidentes envolvendo crianças e adolescentes é uma tendência em todas as cidades do país.

— Quando a gente olha para os mortos no trânsito, a gente vê que é cada vez menor a participação desse grupo, que é abaixo dos 14 anos — destaca.

Biavati diz que, quando o acidente acontece, é por causa de uma percepção que os adultos têm de que “as crianças são espécies de miniadultos”. Ele afirma que essa percepção é um erro, porque as crianças vão crescendo e desenvolvendo capacidades cognitivas importantes. 

Até os 11 anos, muitas crianças não conseguem calcular a que distância estão os veículos ou ter uma noção da velocidade. Para Biavati, elas muitas vezes se enganam, achando que dá tempo para uma travessia, e depois têm que sair correndo para chegar ao outro lado.

Christine Tessele Nodari é doutora em segurança viária e professora do Laboratório de Sistemas de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para ela, a redução nos acidentes envolvendo pessoas até 17 anos de idade ocorre devido ao combate intenso que tem sido feito para reduzir a combinação álcool e direção e por meio da intensificação da fiscalização em campanhas, como, por exemplo, a Balada Segura. Ela também destaca o aumento da oferta de transporte, como os aplicativos.

Sobre o comportamento ideal das crianças e dos adolescentes dentro dos veículos, Christine diz que o uso do cinto é primordial, tanto no banco da frente quanto no traseiro, e que ele deve ser adequado ao tamanho da criança. Ela lembra que, em trechos não urbanos, existe o hábito de crianças usarem o cinto por baixo do braço, atrapalhando a eficiência do equipamento de segurança. 

Assim como outros pesquisadores e especialistas em trânsito, Christine entende que o motorista precisa estar sempre alerta, o que parece óbvio, mas que nem sempre é seguido à risca.

— Uma das formas de conscientizar as pessoas disso é que o carro funciona muito como uma arma. Se algo ruim acontece, ainda que não intencionalmente, essa dor vai acompanhar o motorista a vida inteira. Essa atividade é séria demais para ser feita displicentemente — alerta Christine.

Ela explica ainda que a condução de um veículo é um ato coletivo, e que a atitude de uma pessoa pode decidir sobre a vida de outras.

Foi o que ocorreu com Bruna Capaverde, 15 anos, mais um nome por trás das estatísticas do trânsito gaúcho. Ela morreu após um carro dirigido por uma pessoa embriagada atingir o veículo em que estava. O pai dela, Francisco Capaverde, 55 anos, diz que isso não é acidente, mas um crime de trânsito.

— Pior é o que a gurizada diz, que crime de trânsito não dá nada. Pode fazer o que quiser que não dá nada. E aí a gente para pensar que são “só” vidas, né? Vidas que a gente acaba perdendo. São filhos, amigos. E se não houver efetivamente uma mudança na legislação e justiça com quem comete esses crimes, nada vai mudar. Só vai mudar o endereço. Só vai mudar segunda-feira aquela história: ah, morreram seis pessoas no final de semana em acidentes de trânsito. Não é acidente de trânsito. Muitos são assassinados pela irresponsabilidade dos outros – lamenta Capaverde.


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