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Tradicional sinaleira do Centro de Camaquã completa 65 anos

Equipamento instalado na Esquina Democrática foi adquirido em setembro de 1956 e tem controvérsias em sua origem


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 16/09/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Na última semana, um dos mais tradicionais símbolos da cidade de Camaquã completou 65 anos. A popular sinaleira da Esquina Democrática fez ‘aniversário’ na última sexta-feira, dia 10 de setembro.

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O equipamento foi adquirido oficialmente no dia 10 de setembro de 1956, com sua comunicação sendo feita através da Resolução nº 15, de 10 de setembro de 1956, disponível no arquivo da Câmara Municipal de Vereadores.

E a descoberta, inclusive, tem um ‘dedo’ da reportagem do Clic Camaquã. Até 2020, pesquisadores e historiadores tinha como principal documento uma foto, que tinha rabiscada a data de 1953 como a data de instalação da sinaleira.

Acontece que, oficialmente, o primeiro documento a se referir à sinaleira é a resolução citada acima, que acabou alterando o ‘aniversário’ da mesma.

O programa Bom Dia Camaquã desta quinta-feira (16) recebeu o pesquisador Catullo Fernandes, que destacou a importância da descoberta deste documento. Segundo ele, a história é escrita desta forma. Ele acredita que a pessoa que rabiscou a fotografia possa ter se enganado:

“Tu tem uma foto a muitos anos, traído pela memória tu coloca a data que tens em mente, ou que tu acredita ser, ou que recebeu oralmente dos pais ou avós. Mas contra um documento como este, da Câmara de Vereadores, daí não tem o que contestar. Está ali: a aquisição ocorreu em 1956”

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A crença popular, até então, tinha como verdade a informação de que a sinaleira havia sido doada pelo Governo Francês como presente pela hospitalidade de Camaquã ao receber um membro da embaixada francesa, boato que não está documentado de forma oficial.

Assista a entrevista completa:

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Se você é camaquense, com certeza conhece e já ouviu alguma história envolvendo a sinaleira da esquina democrática. Localizada no coração da cidade, no cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Olavo Moraes, há época de sua instalação, estava localizada no cruzamento das avenidas Benjamin Constant e Olavo Moraes. Mas não, ela nunca mudou de local.

A avenida Benjamin Constant foi renomeada avenida Getúlio Vargas e posteriormente, após o loteamento e criação do bairro Getúlio Vargas, passou a ser chamada avenida Presidente Vargas. Lá, ela reside até hoje e de equipamento, se tornou um ponto de referência e um monumento histórico.

Nenhuma descrição de foto disponível.

A esquina democrática ainda sem a sinaleira, em 1952. Foto: Fotos Antigas, Memorável- Camaquã / Divulgação

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Muito do que se sabe sobre a história real da sinaleira é baseado na crença popular de que a mesma foi “doada pelo Governo Francês em 1953, como presente pela hospitalidade de Camaquã ao receber tão bem os imigrantes que de lá vieram”. A frase entre aspas está disponível no site da Prefeitura de Camaquã e no site especializado TripAdvisor e é a mais popular história relacionada ao monumento.

Ainda sim, não há qualquer prova documental de que a mesma tenha sido doada. E, inclusive, os documentos oficiais que falam sobre a famosa sinaleira dão margem para uma tese completamente diferente da história conhecida e reproduzida. Antes de abordá-la, trazemos a Lei na íntegra:

“SYLVIO LUIZ PEREIRA DA SILVA, Prefeito Municipal de Camaquã, Estado do Rio Grande do Sul,

FAÇO SABER, em cumprimento do disposto no inciso II do art. 50 da Lei Orgânica do Município, que a Câmara Municipal pela Resolução nº 15, de 10 de setembro de 1956, decretou e, Eu, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º É aberto um crédito especial de Cr$ 25.000,00 (vinte e cinco mil cruzeiros) destinado ao pagamento de aquisição OU TRASLADO DE RIO GRANDE de uma sinaleira automática e sua instalação feita no cruzamento das Avenidas Benjamin Constant e Olavo Moraes pela Delegacia de Trânsito do Estado. (Lei nº 81, de 23 de julho de 1956 dá nova denominação à Av. Benjamin Constant, que passa a denominar-se Av. Getúlio Vargas)

Art. 2º Servirá de recurso para cobertura do crédito aberto no art. 1º, as reduções em igual quantia, nas dotações da rubrica a) Prêmios de Seguros e Indenizações por Acidentes; e, b) Prêmios de Seguros e Indenizações contra fogo, do código geral 8.94.4, do orçamento em curso.

Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAQUÃ, 11 de setembro de 1956.”

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Ao contrário da crença popular, o documento que faz parte do acervo digitalizado da Câmara Municipal de Vereadores aponta que a mesma foi adquirida por vinte e cinco mil cruzeiros no ano de 1956. Catullo Fernandes destacou que existem duas teses mais prováveis sobre a forma com a qual a mesma chegou à cidade.

Segundo Fernandes, o Coronel Sylvio Luiz era um entusiasta dos jogos de azar e passava parte do seu tempo em Porto Alegre. Na época da instalação, o mesmo era um dos únicos cidadãos que possuía veículo automotor, o qual utilizava para se deslocar até a capital gaúcha.

Certa feita, lhe foi oferecido o equipamento francês. O prefeito, no entanto, teria que arcar com o os vinte e cinco mil cruzeiros para adquirir e realizar o translado do mesmo. E assim o fez.

A Resolução nº 15, de 10 de setembro de 1956 sancionou e promulgou a Lei que abria crédito especial para adquirir a sinaleira francesa, instalada algumas semanas após o fato documentado. Segundo o coronel, ela foi colocada no cruzamento em questão “para mostrar o desejo incontido de crescimento dos camaquenses”.

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Ainda de acordo com o historiador, a história da doação feita pelo governo francês foi um boato espalhado na época, provavelmente pelos correligionários de Sylvio Luiz, na intenção de transformar a aquisição em algo grandioso.

Ele ainda afirmou que a data de 1953 foi amplamente reproduzida por estar rabiscada no canto de uma foto. A data, no entanto, não é embasada em qualquer documento oficial, como já citado acima.

Foto: Elias Bielaski / Clic Camaquã

No portal da Prefeitura Municipal de Camaquã consta a informação de que a tradicional sinaleira foi doada como recompensa pelo acolhimento dos imigrantes francesas. A doação em questão teria ocorrido no ano de 1953.

Segundo a mesma fonte, a sinaleira é a única no Brasil e a quarta em funcionamento no mundo. Além do documento acima ir contra a versão que era tida como oficial, há registro de diversas outras sinaleiras semelhantes pelo mundo. E a maioria delas, inclusive, utilizadas para o trânsito de pedestres, e não de veículos. 

> Confira a galeria de fotos: https://bit.ly/388yqHL <


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