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Rio Camaquã é ameaçado por projeto de mineração

Projeto prevê instalação de mina para extração de zinco, chumbo e cobre à cerca de 1km do Rio Camaquã


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 25/05/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Depois de anos deixado em segundo plano, o setor de mineração está voltando a ganhar protagonismo no Rio Grande do Sul. Um novo ciclo de investimentos prevê a aplicação de R$ 1,97 bilhão para implantar pelo menos quatro grandes projetos já em processo de licenciamento ambiental.

O Rio Camaquã, que tem a sua nascente na divisa das cidades de Caçapava do Sul e Lavras do Sul, poderá ser diretamente atingido por um dos cinco empreendimentos. A empresa Nexa Resources será responsável pela instalação de mina para extração de zinco, chumbo e cobre à cerca de 1km do Rio Camaquã, em Caçapava do Sul.

A nascente do Rio Camaquã fica a poucos quilômetro de um dos empreendimentos, como mostra a imagem abaixo:

rio-camaqua

Se todos os principais empreendimentos em busca de autorização forem liberados, seriam criadas novas 2.277 vagas na nova era de mineração no Rio Grande do Sul.

Essas iniciativas são consideradas estratégicas pelo governo estadual para alavancar a economia, gerar emprego e renda, mas enfrentam uma resistência crescente de movimentos ambientalistas pelo temor de danos à natureza.

Os Ministérios Públicos Estadual e Federal acompanham a tramitação dos pedidos de instalação.

 

Projeto Caçapava do Sul

O Projeto prevê a instalação de uma mina a céu aberto para extração de zinco, chumbo e cobre sob responsabilidade da empresa Nexa Resources (ex-Votorantim Metais). Este projeto poderá atingir diretamente o Rio Camaquã e, consequentemente, a Laguna dos Patos.

As previsões mais radicais prevêm uma consequência irreparável para a vida no ecossistema de toda a bacia hidrográfica do Rio Camaquã, que atravessa 26 cidades: Amaral Ferrador, Arambaré, Arroio do Padre, Bagé, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Caçapava do Sul, Camaquã, Canguçu, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Dom Pedrito, Encruzilhada do Sul, Hulha Negra, Lavras do Sul, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Santana da Boa Vista, São Jerônimo, São Lourenço do Sul, Sentinela do Sul, Tapes e Turuçu.

Empreendimento: instalação de uma mina a céu aberto para extração de zinco, chumbo e cobre sob responsabilidade da empresa Nexa Resources (ex-Votorantim Metais). A vida útil da mina é estimada em 20 anos.

Localização: Caçapava do Sul.

Investimento previsto: R$ 371 milhões*

Empregos diretos: 450 na operação (não foi informado na instalação)

Estágio: a empresa busca licença prévia para depois buscar as licenças de instalação (que autoriza obras) e de operação para início das atividades. Foram realizadas audiências públicas em municípios da região como Caçapava do Sul, Santana da Boa Vista, Bagé e Pinheiro Machado. No momento, a empresa realiza estudos complementares solicitados pela Fepam.

Preocupação ambiental: moradores e ambientalistas temem a descaracterização do ambiente e o risco de contaminação com materiais como chumbo na região, incluindo o Rio Camaquã – localizado a menos de um quilômetro. O projeto não prevê barragem, mas empilhamento de rejeitos a seco. Essas pilhas devem ser impermeabilizadas e contar com drenos para captar a água da chuva, que será reutilizada. A empresa argumenta que as pilhas “foram projetadas de forma a interagir com a topografia local”.

 

projeto

Um novo ciclo de investimentos prevê a aplicação de R$ 1,97 bilhão para implantar pelo menos quatro grandes projetos já em processo de licenciamento ambiental.

O recurso previsto apenas para a abertura das minas equivale a mais do que todo o valor comercializado em minérios em um ano no Estado — R$ 1,3 bilhão em 2017, dado mais recente disponível. As iniciativas em busca de autorização para começar as escavações incluem os municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas (carvão), Caçapava do Sul(chumbo, zinco e cobre), Lavras do Sul (fosfato e calcário) e São José do Norte (titânio e zircônio). Para o engenheiro de Minas e professor de Avaliação de Recursos Minerais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) João Felipe Costa, a aprovação colocaria o Estado em um “novo ciclo” de mineração.

Estou nesse ramo desde o começo dos anos 1980 e, desde então, o Rio Grande do Sul tem se mostrado refratário a esse setor. Nesse período, fecharam muitas minas, e as empresas interessadas em investir eram desestimuladas por uma série de obstáculos políticos e legais. Agora, isso parece estar mudando — analisa Costa.

O cenário se tornou bem mais favorável já na gestão do governador José Ivo Sartori. O Piratini criou o Comitê de Planejamento de Mineração do Estado, uma política estadual para o carvão mineral, e instituiu o Polo Carboquímico do Estado prevendo um complexo na Campanha e outro no Baixo Jacuí. Esse contexto favorece o andamento de projetos que já vinham evoluindo lenta e silenciosamente.

— A intenção de explorar titânio na região de São José do Norte já existe há uns 30 anos, mas sempre esbarrou em obstáculos. Na Austrália, esse mineral já vem sendo explorado há anos na costa — afirma o professor da UFRGS.

Além de um ambiente político mais favorável, o atual interesse pelas riquezas minerais gaúchas pode ser explicado pela evolução tecnológica que permite o uso do carvão de forma menos poluente, por exemplo, e por um momento internacional favorável. Depois de um boom no começo dos anos 2000, seguiram-se anos de baixa demanda — tendência que começou a ser revertida desde 2017.

— Somos um governo de evolução, e a mineração faz parte da estratégia do Estado já desde gestões anteriores para superar suas dificuldades econômicas. Temos a intenção de atrair investimentos nessa área, mas a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) tem autonomia para analisar e conduzir o licenciamento — afirma o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Paulo Pereira.

O Rio Grande do Sul tem hoje cinco minas de grande porte (em nível de produção, com mais de um milhão de toneladas por ano), 86 médias e 1,1 mil pequenas ou micro. Os empreendimentos mais produtivos incluem áreas de extração de carvão, brita, cascalho e areia, mas o valor total comercializado e o número de pessoal empregado no setor vêm caindo nos últimos anos. Conforme o Anuário Mineral Estadual, produzido pela Agência Nacional de Mineração, entre 2013 e 2017 o valor da produção recuou de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,35 bilhão, e o número de empregos na área diminuiu de 12,7 mil para 11,4 mil.


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