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ClicTV: Ex-usuários de drogas em tratamento se formam através do EJA em Camaquã

Conheça a história de acolhidos do Centro de Recuperação El Shadai que viram nos estudos a oportunidade de reconstruir suas vidas


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 02/01/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O Centro de Reabilitação El Shadai é uma entidade privada voltada a recuperação da saúde de homens a partir de dezesseis anos envolvidos com algum tipo de dependência química. Faz parte da Rede Inter setorial Municipal, vinculada ao Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas de Camaquã – COMADECAM e ao Conselho de Assistência Social. O Centro trabalha com o acolhimento residencial, num período de doze (12) meses (podendo se estender), por usuários de drogas e álcool. Também está vinculado à Rede SUS, por meio desse ofertando vagas aos usuário do Município e Região, e à Secretaria Nacional Antidrogas, com vagas para acolhimento subsidiadas via Ministério da Justiça.

Atualmente, a entidade abriga cerca de trinta homens, com idades variadas entre os 30 e 60 anos, que são submetidos a multitratamentos com médicos, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, dentistas, etc. Além de trabalhos voltados a pratica do convívio social e resgate humano, entre eles, o recente projeto de inserção do EJA (Educação para Jovens e Adultos) na instituição.

Ao perceber a necessidade dos acolhidos de uma capacitação que lhes permitisse maiores oportunidades de recomeço de suas vidas quando chegassem ao fim do tratamento e recebessem alta, o Centro firmou com o Governo Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação, uma parceria com o objetivo de fornecer estudos a quem não tinha. Como se trata de abrigados em regime residencial, os quais apresentam vulnerabilidade de inserção na sociedade, viabilizou-se um Projeto para oportunizar o retorno à vida escolar aos internos dentro do próprio local onde estão inseridos. Por se tratarem de pessoas em tempo de abstinência e tratamento contra o uso de drogas, não é aconselhável que saiam da instituição para estudar, já que ainda não estão prontos para enfrentar riscos, podendo resultar numa recaída.

Há cerca de seis meses o Centro de Recuperação El Shadai foi contemplado com uma extensão da EMEF José Antônio Netto para aplicação do EJA exclusivamente para seus acolhidos. Respeitando o plano terapêutico, as aulas acontecem diariamente em uma sala de aula adaptada dentro da própria entidade. A Equipe de Supervisão responsável pela Educação de Jovens e Adultos na Secretaria Municipal da Educação, assim como a equipe diretiva e pedagógica da EMEF José Antônio Netto, prestam atendimento e acompanhamento através de visitas locais às aulas que são ministradas pela professora Ivonilda de Vargas Nunes.

No segundo semestre de 2018, doze alunos cursaram o Ensino Fundamental, onde três deles tiveram a conclusão do ensino numa Cerimônia Solene realizada no fim do mês de Dezembro, integrada aos alunos de 9º ano e da EJA regular da EMEF José Antônio Netto. Foram eles: Jesus Mesquita Cavalheiro, Luige Braga e Claudiomiro Farias. Diante da grande aceitação do projeto por parte de todos os envolvidos, o Conselho Municipal da Educação de Camaquã – CMEC, aprovou a sua continuidade para 2019.

Jesus Mesquita Cavalheiro, de 35 anos, foi o escolhido para orador da turma. O homem, natural de São Lourenço do Sul, chegou a Camaquã há quatro anos, quando iniciou seu tratamento contra as drogas, problema que começou quando ele tinha 9 anos. Após duas tentativas de tratamento, Jesus recebeu alta da instituição e acabou tendo recaídas que o levaram de volta pra entidade, onde se encontra novamente desde fevereiro deste ano. “Eu não acreditei o dia que a professora chegou e disse ‘Ó, tu tava na quinta-série, mas agora passou para o Nono Ano’. Eu não voltei para cá para ficar mais um ano, sair e colocar tudo a perder” disse ele. O homem, que perdeu a mãe há poucos anos, conta que junto com ela se foi o pouco convívio que tinha com a família. Tem uma filha de 20 anos, que não viu crescer, e dois netos, com quem tenta recuperar os vínculos e o tempo perdido. Quer usar o conhecimento adquirido para reconstruir a vida, sem recaídas.

Seu Adão Bierhals, de 59 anos, está há 16 anos na instituição e hoje atua como monitor, após o término de seu tratamento contra a dependência de álcool. “Quando me disseram que ia ter um tal de EJA, eu não sabia o que era. Confundia com aquele produto de limpeza, Veja, sabe? Aí me explicaram que era um estudo, uma aula, para a gente lembrar de coisas esquecidas e aprender coisas novas. Eu estou me dedicando muito.” Vindo do interior, ele conta que parou de estudar cedo para ajudar o pai no sustento da casa.

Alex é o responsável pela cozinha, conheceu o centro quando estava morando na rua e foi encontrado por um dos voluntários. “Foi um natal, eu havia ganhado dinheiro e roupas novas de presente da minha família. Gastei e vendi tudo para comprar drogas. A noite, me vi sozinho, sem nada, na praça Donário Lopes, enquanto os fogos estouravam no céu. Aquele dia implorei para Deus me ajudar a recomeçar. Foi quando eles me encontraram.” contou ele. Hoje, se dedicando aos estudos, sonha em conseguir uma oportunidade de emprego e reconstruir uma família quando receber alta. 

Assim como eles, outros 10 homens se dedicaram aos estudos como oportunidade de mudança. Para a coordenadora Miranda Bueno, o projeto é imprescindível na recuperação dos abrigados. “A educação vai além da teoria aprendida em sala de aula. É um resgate da autoestima, valores e dignidade de cada um deles.” disse ela.

Além das aulas, os acolhidos participam de diversas atividades diárias, entre esportes, artes e dinâmicas. Antes de sair do centro, ao término do tratamento, eles passam por uma intensa avaliação física e psicológica com diversos profissionais capacitados para definir se há ou não condições do abrigado voltar para casa.

Cada um dos acolhidos pelo Centro de Recuperação El Shadai relata uma história de vida diferente. Entre eles, apenas uma vontade em comum: reconstruir uma nova vida.

Confira os depoimentos de Jesus, Lucas, Alexandro e Adão


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