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A HISTÓRIA NÃO CONTADA DO BB DE CAMAQUÃ (XVI) – Um fim de ano lembrando a guerra


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 03/01/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00

“Abreu servia na agência desde 1954. Auxiliar de serviços gerais tinha sido expedicionário. Integrou a Força Brasileira que fora para a Itália no último terço da Segunda Guerra. Em 31 de dezembro de 1965 antes de bater a meia noite me contou a história que segue”.

O que conto aqui se vincula às atrocidades da II Grande Guerra que em cinemas nacionais não se conhecia. A quantidade de filmes estrangeiros, principalmente norte americanos, franceses e ingleses sobre o episódio que fez tremer o Mundo entre 1939 a 1945 não retratava o que o bravo exército brasileiro sofreu na Itália entre 1944 / 45.

Não havia “internet”; nem sofisticados aparelhos eletrônicos. No máximo elétricos e de pouco avanço perto do que se conhece hoje. Tinham na agência já algumas máquinas de escrever elétricas, com carro grande e de somar. Estas importantes no serviço aqui referido.

Meu cargo, Ajudante de Serviço era subornado ao Chefe de Serviço. A grande parte do levantamento contábil geral da agência, em finais de ano era comandada pelos colegas Sérgio Cléo Vezzani, Chefe da CREAI e José Napoleão Kasprzak, da CREGE. Esta englobava almoxarifado, empréstimos gerais e contas correntes. Os dois estão ainda aí para confirmarem o que era o trabalho de fechamento do balanço nos finais de anos.

Mais de 23 horas de 31.12.1965, próximo de se levantar as taças para comemorar o novo ano, quando parei o trabalho que encerraria, pasmem, na manha de 1º de janeiro. Deixei a agência, onde hoje está o Banrisul juntamente com o colega que me prestava segurança face à hora. Vitório Emanueli Cardonetti Abreu tinha ingressado no banco, no quadro de serviços gerais, antes do suicídio de Getúlio Vargas e por indicação presidencial, pois fora pracinha da FEB.

Na hora fale a ele: “vamos até lá em casa tomar um drink antes da meia-noite”. Fomos; depois de algumas doses o grande amigo e colega se derramou. Começou a narrar episódios da guerra que vivera direto na Itália. Participara direto de grandes feitos de nosso exército como a tomada do Monte Castelo entre novembro de 1944 e fevereiro de 45, quando nossos expedicionários, sob comando do General Cordeiro de Farias conseguiram expulsar os alemães daquele ponto estratégico para os aliados.

Abreu contou que dirigia uma ambulância. Socorreu corpos feridos, mutilados e até mortos de companheiros da Força Expedicionária, no gélido norte italiano da época. Ao narrar chegou às lágrimas transmitindo para mim aquele sentimento da imbatível coragem dos brasileiros. Muitos dos quais ficaram até hoje enterrados em Pistoia.

Aduziu que após voltar ao Brasil, laborou como caminhoneiro em sua terra, Santa Maria. Pelo Governo Vargas conseguiu uma indicação e foi nomeado para o Banco sendo designado para Camaquã. 

 Saudosos serviços como naqueles tempos não voltam mais. O tipo de trabalho entrosava os funcionários o que a explosão eletrônica acabou. Na época sentávamos conferindo fichas, somando saldos, fazendo extensos relatórios para apurar a movimentação financeira do semestre. Hoje tudo compilado em disco rígido que se resolve com mero “enter” de finalização e tudo se apresenta na tela.

O entrosamento funcional perdeu o “élan”. Na época compilávamos as fichas que eram de papelão com lançamentos de débito e crédito feitos à mão com canetas tinteiro. Esferográficas borravam muito. As fichas, em ordem alfabética ao final tinham os saldos somados e tal teria de fechar, exatamente, com o valor total dos depósitos existentes. Cansativo e primitivo; todavia mais romântico.

Os funcionários do setor ficavam até tarde. Face ao cargo o trabalho exigia mais do servidor. Por isso fiquei lá até àquela hora. Acompanhado de um colega que em outro final de ano, muito antes, estava no cenário da pior Guerra de todos os tempos.

EDIÇÃO DE 31 de dezembro de 2021.___.


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