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A pracinha do terror


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 26/05/2019
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Meus avós moraram de favor, numa antiga casa no extinto Parque Souza Soares em Pelotas. Meu pai pedalava sua velha bicicleta com a mãe no bagageiro e eu no colo dela. Era muito incomodo a viagem de nossa casa até a casa de minha avó pela Avenida Duque de Caxias entre gigantescas árvores. Eu lembro que ia escorregando pelas pernas de minha mãe e ela me puxava de tempo em tempo para eu não cair. Finalmente, meu pai conseguiu comprar uma cadeirinha que era presa no guidom.

Mas mesmo assim continuava meu desconforto porque eu dormia e caia em cima do braço do meu pai que me empurrava para eu acordar. Ele me empurrava de um braço e eu caia sonolento no outro quando novamente ele me empurrava e pedia nervoso para eu acordar. Para piorar, estando na frente da bicicleta, eu pegava todo o vento frio cortante no rosto. Minhas diversões eram brincar na areia fazendo castelos imaginários num enorme pátio, correr pelos campos abertos com minhas tias e comer pitangas que era a fruta mais popular e gratuita que a vasta natureza oferecia naquele tempo. M

as tinha uma outra diversão que me fazia sempre feliz quando meu pai lá me levava. Bem no meio da avenida em frente a rua que levava para a casa de minha avó, com um enorme portão de pedra e um resto de trilhos de bonde, existia uma praçinha com balanço, gangorra e um grande escorregador.

Eu avistava aquela praça e meu coração pulava de alegria! Qual criança não fica feliz em encontrar um balanço? Não importava se era noite ou se estava frio. Eu pedia para meu pai me levar no balanço e, principalmente no escorregador. Mas numa noite meu pai e minha mãe tiveram uma atitude que foi difícil para uma criança, entender. Eu pedi para eles me levarem no escorregador e eles nunca mais me deixaram escorregar naquele brinquedo.

Eu não lembro se chorei mas recordo que eles só me colocaram um pouco no balanço e logo em seguida me colocaram na bicicleta e eu voltei triste para minha casa. Depois, com mais tempo meu pai e minha mãe me contaram o terrível acontecimento que me impedia de brincar no escorregador. Naquela época as praçinhas eram todas feitas de madeira.

Portanto alguma pessoa cheia de maldade tinha colocado lâminas de Gilette no escorregador. Uma menina subiu as escadas feliz e sorridente para escorregar e ser recebida na parte de baixo com um abraço e um beijo carinhoso de seus pais quando seu sorriso foi ceifado e substituído por gritos de horror e sofrimento quando a lâmina entrou na carne de suas pernas e partes íntimas para a satisfação de quem havia arquitetado aquele diabólico plano.

A notícia se espalhou. Por muito tempo aquela praçinha deixou de ser um lugar de alegria e felicidade para se tornar um lugar sinistro e sombrio. Eu já tinha poucos brinquedos e alguém, sem respeito e compaixão pelo próximo, tirou o colorido infantil que aquela linda praça representava não só para mim, mas para todas as crianças do Bairro Fragata.

Experiências de vida de Luis Claudio Cezar e-mail: [email protected]


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