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Os 40 anos do lançamento de Cacos & Insetos – a estreia da poesia modernista na Região


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 27/11/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

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O pequeno grande livro “CACOS & INSETOS” está de aniversário. Este 2020 de pandemia e de tantas incertezas marca os 40 anos do lançamento da primeira obra de poesia modernista em Camaquã e Região assinada por Evandro de Souza Gomes – um camaquense de coração nascido em Porto Alegre, em 11 de agosto de 1958. Eram tempos de mudança, da boa música e da luta diária por democracia – a efervescência dos anos 1980 – que em Camaquã teve na figura do poeta Evandro Gomes o seu principal representante.

Na época o município de Camaquã contava com meia dúzia de livros publicados entre eles o nativismo de Adroaldo Claro e Bernardo Link, e o trabalho de pesquisa histórica de Cypriano José Centeno. Um verdadeiro absurdo para uma cidade que sempre foi polo regional da Costa Doce, mas na área literária vivia um atraso inconcebível.

Cacos & Insetos chega para mudar o triste cenário, que na verdade só se transforma mesmo a partir de 1989, com a fundação da Casa do Poeta Camaquense – CAPOCAM. Evandro apresenta uma nova forma de ver as coisas através de uma poesia rítmica e contestadora como em Hipnose: Sobre uma bandeja de mesa / frutas de plástico ludibriam / a fome da criança brasileira. Por tudo isto ele foi e é um pioneiro na arte poética regional.

Para relembrar este importante acontecimento cultural, protagonizado pelo inspiradíssimo poeta, reproduzo trechos desta crônica publicada nos anos 1990, no extinto jornal alternativo Culto & Grosso. Algumas coisas na vida do poeta mudaram, inclusive ele, que saiu da clausura participou de algumas coletâneas da CAPOCAM, percorreu em três oportunidades as ruas da grande capital dos gaúchos, no projeto “Poemas no ônibus e no trem”,  e editou outro magnífico livro: “De tudo um pouco”, lançado na Feira do Livro de Camaquã, em 2013.

 

Evandro Gomes – Um pioneiro introvertido

Alheio às convenções, com nítida indiferença as etiquetas – “as gravatas que sufocam”, dispensando as sessões de autógrafos, e inclusive não deixando fotografar-se pela nossa reportagem; Evandro Gomes publicou em 1980, às expensas da Editora Paterna, como ele mesmo refere-se ao pai, a obra Cacos & Insetos – precursora da poesia modernista a região.

Não são do conhecimento público, dados sobre sua vida pregressa, sabe-se que foi um dos criadores do tradicional Bailôco, possui um gosto muito especial por uma cervejinha, bebida anonimamente nos bares do centro da cidade.

Dotado de sensibilidade extrema, com um humor fino e inteligente, envolto em sua introspecção, o poeta vai retirando os cacos do caminho, dedetizando os insetos nocivos, onde se incluem o próprio homem, que insistem em corroer o poema. Eis o perfil, desde que se considera “vagabundo como Carlitos”, vagabundo no sentido mais lógico da palavra, alguém que transita pelo mundo, que está só de passagem e cujo “tempo é agora”.

Melhor viver tranquilamente, na certeza de honrar compromissos com sua geração através de sua obra do que procurar o êxtase do barulho inconsequente, que busca apenas ser “Notícias de Jornal”. 

 

Clic Frase da Semana:Quem canta seus males espanta, e quem escreve torna sua alma mais leve.” (CF)

 

EPIDEMIA

 

Não

a vida não está perdida.

 

Ainda resta uma franja de esperança

balançando nos varais da madrugada

e pelas frestas do dia reconquistado

um olho espia outro olho

um cego espia outro cego…

 

E as crianças esboçam risos epidêmicos.

 

In “Cacos & Insetos”

 

 


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