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Fake News: liberdade de expressão ou licença para a agressão


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 06/08/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

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Este é um debate que vem se desenrolando há algum tempo. E com a determinação do Supremo Tribunal Federal de mandar bloquear os perfis no facebook de diversos aliados do presidente, mais uma vez o tema está na pauta nacional. Afinal até onde vai a liberdade de expressão?

O termo em inglês fake newspara notícias falsas é mais antigo do que parece. Esta expressão é usada desde o final do século XIX, mas atualmente ganha nova dimensão. O termo tornou-se popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais. Sua utilização também é uma forma de imprensa marrom, que consiste na distribuição deliberada de desinformação ou boatos, iludindo os leitores/internautas de que suas notícias são verídicas, e que seu trabalho jornalístico está sempre à frente da imprensa considerada oficial.

Importante ressaltar que não há nada que desabone os veículos de comunicação alternativos desde que prezem pelo jornalismo ético e com responsabilidade. Eu mesmo, no início dos anos 90, editei o humorístico mensal “Culto & Grosso” – um jornal tão sem graça que nem de graça você aceita.

No campo da política o problema reside quando alguém  cria sites e blogs, com o intuito de promover determinado político e ao mesmo tempo denegrir a imagem de seus adversários, disseminando notícias falsas. Quando isto ocorre extrapola-se o espaço da informação para desaguar no que está sendo chamado de assassinato de reputações. Este tipo de ação pode interferir diretamente até mesmo no resultado de uma eleição. E inclusive transcorre no Congresso Federal uma CPMI das Fake News, que aponta para a existência de um grupo especializado em disseminar boatos, e que atuaria no chamado Gabinete do Ódio desde a última eleição presidencial.

Com o advento das redes sociais, aquela tradicional fofoca sem gerar muita repercussão antes espalhada no boca a boca, agora popularizada na internet ganha proporções avassaladoras. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição de 2016, nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. Na época em que ele foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso.

No caso recente do Brasil o ministro do STF, Alexandre de Moraes, é o relator de um inquérito sobre disseminação de fake news e ofensas a autoridades. Além do bloqueio das contas dos bolsonaristas, ele também determinou a intimação pessoal de Conrado Leister, presidente do Facebook no Brasil.

Entre os alvos do inquérito estão importantes nomes da política, assessores parlamentares, empresários e blogueiros. Dentre eles o que mais chama atenção pelo fato de serem ligados ao jornalismo são os blogueiros Allan dos Santos e Bernardo Küster, e o assessor do gabinete da presidência da República, Tercio Arnaud Tomaz, o que torna o episódio ainda mais crônico por se tratar de remuneração de cargo com recursos públicos.

O caso particular do blogueiro Allan dos Santos exemplifica bem como funciona este tipo de ação. Dono do canal Terça-Livre, o jornalista pouco conhecido viu no bolsonarismo a oportunidade de subir na vida, saindo de um estúdio de garagem em Porto Alegre para morar em uma mansão alugada no Lago Sul de Brasília.

Com milhares de inscritos em seu portal, Allan não se limitou a fazer reportagens, ele liderou manifestações e fez transmissões ao vivo mostrando uma só versão dos fatos, o que contraria qualquer princípio básico de jornalismo com imparcialidade, ainda mais porque recebia patrocínio público, inclusive do Banco do Brasil, para divulgar seus conteúdos na internet. Acuado pelo STF o blogueiro se autoexilou nos EUA, país onde vive o guru do bolsonarismo, o estelionatário que se intitula filósofo, Olavo de Carvalho.

Em contraponto a estes blogueiros o maior youtuber do Brasil e um dos dez mais populares do planeta, Felipe Neto, por ser contrário ao atual governo passou a sofrer todo tipo de perseguição nas redes sociais, tendo sua reputação massacrada por uma grande estrututura de disseminação de fake news.

Independente de quem esteja falando a verdade ou defendendo alguma causa, que considere fundamental para o crescimento do país, é preciso sim frear esta onda de ataques que inunda a internet. Não é recomendável voltar aos tempos do jornalismo político do início do século XX, nos moldes dos impressos partidários onde se digladiavam chimangos e maragatos.

Na minha ótica me parece simples de que os crimes de calúnia, injúria e difamação valem em qualquer mundo seja real ou virtual. Da mesma forma não se deve deixar influenciar por determinadas celebridades – os chamados “digital influencer”. Quem por falta de cuidado ou má fé repercute fake news nada mais é do que aquela velha figura, que se debruçava na janela para bisbilhotar a vida alheia e propagar boatos. A diferença é que a fofoca provinciana de rua ou de bar hoje ganha proporções mundiais dependendo do alcance da língua ou melhor dos dedos do difamador. Liberdade de expressão, sem sombra de dúvidas, não significa licença para a agressão.

 

Clic Humor e Sabedoria – “A internet deu voz aos imbecis”. (Umberto Eco) 

 


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