Kiss: “Só leigo ou ignorante usaria espuma numa boate”, afirma engenheiro durante Júri
Miguel Ângelo Pedroso desaconselhou uso do material em boate antes de reforma
Na tarde desta quinta-feira, 2 de dezembro, o Júri Popular referente ao Caso Kiss iniciou a oitiva do engenheiro civil Miguel Ângelo Teixeira Pedroso, de 72 anos. O engenheiro desaconselhou uso do material em boate antes de reforma aos proprietários da Boate Kiss, que optaram pela compra de material de baixa qualidade, inflamável e menos eficiente.
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“Só um leigo ou ignorante na área poderia achar que espuma seja conveniente dentro de uma boate”, disse ele ao juiz Orlando Faccini Neto.
O material era usado no teto da boate e pegou fogo na noite da tragédia, em janeiro de 2013, dando início a um grande incêndio no interior do estabelecimento, em Santa Maria (RS). Alem das 242 mortes, outras 636 ficaram feridas.
“Num estúdio, num local de treinamento de orquestra, o som a ser medido tem que ser exatamente o som que sai do instrumento e não o som que está reverberando no ambiente. Disse para ele ‘até faço, mas vou ter que cobrar de 4 a 5 vezes mais.’ Para fazer isso tem que medir todas as coisas que fazem absorção. Mas as pessoas que vão numa boate não querem conforto acústico, querem agitação acústica.”
No segundo dia do julgamento dos quatro réus acusados de serem os responsáveis pela morte de 242 pessoas no incêndio na boate Kiss, ele afirmou reinteradamente que desaconselhou o proprietário Elissandro Spohr fazer a reforma do estabelecimento com espuma.
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“Existe um material acústico que se utiliza para tratamento acústico um tipo de elastômetro, que é a espuma, que não é inflamável. Existe uma marca que a gente usa que tem essa característica que não é inflamável, que é segura. Outros tipos de espuma podem ser mais inflamáveis”
Assista o júri:
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