Eduardo Leite anuncia neutralidade no segundo turno da eleição presidencial
Candidato ao Governo do RS, Eduardo Leite afirmou que não apoiará candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) ou Luis Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno
Candidato a reeleição no Governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) afirmou que não apoiará candidaturas de Jair Bolsonaro (PL) ou Luis Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Em pronunciamento realizado na manhã desta sexta-feira, 7 de outubro, o ex-governador destacou que focará na própria campanha e busca manter a neutralidade.
Leite afirmou que o Brasil vive a disputa mais polarizada da história e que pretende ser um governador de todos: “Diante da responsabilidade que tenho como líder de um projeto político na eleição estadual, não vou abrir meu voto”, afirmou.
Leite concedeu entrevista coletiva na sede do comitê central, ao lado do governador Ranolfo Vieira Júnior, do candidato a vice, Gabriel Souza (MDB), de parlamentares, secretários estaduais, prefeitos e dirigentes partidários, trazendo um prognóstico do segundo turno.
No discurso, ele trouxe um contraponto ao adversário no pleito, Onyx Lorenzoni (PL), se colocando como candidato que fez carreira com os próprios méritos, enquanto o adversário teria “se pendurado” em Bolsonaro.
“Meu adversário quer discutir Bolsonaro ou Lula porque não tem ideias, não tem propostas, não conhece o Estado nem tem soluções, e quer um cheque em branco”, disparou.
De acordo com a GZH, as estratégias da campanha de Leite foram todas revistas após o “susto” com o resultado do primeiro turno. Leite esperava ficar a frente de todos os adversários, mas acabou sendo batido por Onyx e ficou a 2,5 mil votos de ser ultrapassado por Edegar Pretto (PT).
A campanha também adotou novo slogan, “O Rio Grande fala mais alto”, tentando reproduzir a ideia de união local para escapar da divisão nacional. Para tanto, disse que governou com o PL de Bolsonaro e Onyx e com o PSB de Geraldo Alckmin (vice de Lula), aprovando reformas com o apoio de partidos díspares, como o Novo e o PT.
“O meu lado é o Rio Grande. Não se trata de ficar em cima do muro, mas trabalhar para que não se criem muros. Nem Lula nem Bolsonaro virão aqui resolver nossos problemas”, sintetizou.