MST encaminhará denúncia contra fazenda Guerra, em Tapes
Eles querem denunciar os impactos ambientais provocados pelo plantio de pinus
Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) vão encaminhar ao Ministério Público Estadual (MPE) e Federal (MPF) denúncias contra a fazenda Guerra, no interior de Tapes. A propriedade foi invadida há mais de uma semana por cerca de 1,8 mil integrantes do movimento. Eles querem denunciar os impactos ambientais provocados pelo plantio de pinus.
Segundo o coordenador regional do MST, Joacir Picolotto, há uma série de irregularidades na fazenda. “Há por exemplo o plantio que avança sobre as dunas do Pontal da Lagoa, trazendo sérios danos ambientais”, afirmou Picolotto. O assunto foi debatido por mais de 300 pessoas em audiência pública na cidade, realizada na noite dessa quinta-feira. No encontro, ambientalistas se manifestaram sobre a situação da fazenda.
Além disso, os líderes do MST no Estado aguardam a vinda da presidente do Incra, Lúcia Falcon, prevista para o dia 4 de maio, ao Rio Grande do Sul. A expectativa é de que ela retome as discussões sobre a ocupação de terras.
Enquanto isso, a fazenda segue ocupada. A situação no local é considerada tranquila. A Brigada Militar da região segue com três bloqueios no entorno da propriedade e vias de acesso. Segundo o comandante da 1ª Companhia de Policiamento de Camaquã, Guilherme Fregapani, o reforço na cidade segue reforçado, porém, ainda não há uma posição do Comando da Brigada Militar sobre uma possível operação de desapropriação.