Camaquã decreta luto pela morte do ex-prefeito Amarílio Borges Moreira
Amarílio deixa a viúva Ilza e cinco filhos
Faleceu na tarde desta quinta-feira (18), o ex-prefeito de Camaquã Amarílio Borges Moreira. Internado desde o dia 30 de agosto, no Instituto de Cardiologia, em Porto Alegre, ele não resistiu a complicações decorrentes de uma insuficiência cardíaca. Ele tinha 83 anos.
Amarílio deixa a viúva Ilza e cinco filhos: Thiago; Thérbio, Thorbes, Cíntia e Imara. Em virtude do falecimento, o prefeito João Carlos Machado decretou, na manhã desta sexta (19), luto oficial por três dias no município.
Amarílio também foi vereador de Camaquã (1961-1964) e deputado estadual, cumprindo dois mandados pelo MDB, atual PMDB (1971-1974; 1975-1979), após ter concluído sua gestão na prefeitura (1964 -1968). Eleito vice-prefeito pelo PTB, no final de 1963, ele assumiu o Poder Executivo em março de 1964, logo após o prefeito Hilson Scherer Dias ter seus direitos políticos cassados pelo regime ditatorial, que começava a vigorar.
Advogado, amigo e ex-correligionário de Amarílio, Ênio Gutheil se empolga ao falar da gestão do trabalhista: “Ele abriu Camaquã”, diz, se referindo a ampliação e o começo das obras de calçamento da Avenida Loureiro da Silva. “Se chovia, quem estava na cidade não saia e quem queria entrar não conseguia”, lembra o advogado, que também foi vereador da cidade, ao recordar do atoleiro em que se transformada a então estrada que dava acesso ao centro. A atual ponte do Arroio Duro, que liga os bairros Jardim e Viegas ao Centro também foi construída no seu mandato.
Natural de Alegrete, Amarílio morou na infância em Encruzilhada do Sul. Formado em arquitetura pela UFRGS, veio atuar profissionalmente em Camaquã. Entre seus colegas de curso na faculdade, esteve Jaime Lerner, mais tarde eleito prefeito de Curitiba e governador do Paraná. Amigo de Amarílio, Lerner, hoje referência mundial de urbanismo, ajudou a fazer o primeiro Plano Diretor de Camaquã.