Operação Golfinho espera cerca de 800 inscritos para guarda-vidas temporários no RS
Governo passa a cobrar taxa de inscrição e baixa custo de exames para evitar desistências em meio à seleção
O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, afirmou, nesta terça-feira, que espera entre 700 e 800 candidatos para guarda-vidas temporário para a Operação Golfinho 2017/18. As inscrições devem ser abertas já na semana que vem. Para tanto, a corporação aguarda apenas o aval da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Conforme o subcomandante, algumas modificações serão apresentadas no processo seletivo em relação ao anterior: “tivemos quase 900 inscritos ano passado, mas muitas desistências. Esse ano esperamos que seja diferente”. Para tanto, o edital vai contar com uma taxa de inscrição – antes, essa parte do processo era gratuita- e os exames médicos devem ter os custos reduzidos. A expectativa é de que eles comecem o treinamento o quanto antes, para se juntarem aos cerca de 900 militares que já estão sendo preparados para a função no próximo veraneio.
A Operação Golfinho 2017/18 vai começar em 16 de dezembro, com encerramento previsto para 4 de março do ano que vem. No total, o Estado conta com 329 guaritas: 228 no Litoral Norte, 30 o Litoral Sul e 71 em águas internas (balneários de água doce). Os futuros guarda-vidas militares que ingressaram na primeira turma já iniciaram treinamento, e o segundo grupo se une a eles em 21 de novembro.
No total, o comando estima serem necessários 1.180 guarda-vidas para atender às demandas das praias gaúchas, número que deve ser alcançado pelas equipes em formação.
Mudança na nomenclatura
A partir deste ano, o termo “salva-vidas” foi mudado para “guarda-vidas” seguindo a orientação da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). A alteração acompanha o padrão internacional definido pela International Lifesaving Federation (ILS), “harmonizando a denominação dos militares e dos civis temporários que prestam serviço no Rio Grande do Sul aos serviços dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil.” A Sobrasa entende que a missão desse profissional pressupõe, além dos salvamentos em sim, a possibilidade de realizar “cuidados preventivos e de reposta relacionados às pessoas e ao próprio ambiente, sendo, portanto, mais adequado ao serviço de segurança aquática.”