Rio Grande do Sul prepara estratégias de enfrentamento da monkeypox
Casos de monkeypox confirmados no Rio Grande do Sul chegaram a 12 nesta semana; foco do Governo será em vigilância em saúde e prevenção
Devido ao aumento de casos de monkeypox, a varíola dos macacos, no território gaúcho, a Secretaria da Saúde (SES) prepara estratégias para o enfrentamento da doença, com foco em vigilância em saúde e prevenção.
Em reunião nesta quarta-feira (3/8), a equipe diretiva da SES ressaltou a necessidade de agregar diversos segmentos da sociedade civil para acompanhar a evolução da monkeypox no mundo, preparar a rede de assistência à saúde, sensibilizar os municípios ao diagnóstico da doença, entre outros, assim como ocorreu no enfrentamento à covid-19, desde o início do surgimento da doença.
A ideia é trabalhar com o Centro de Operações de Emergência (COE) já constituído para a covid-19, mas buscando novos parceiros externos que tenham relação com a monkeypox, como, por exemplo, sociedades de dermatologia.
Dentro do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), este trabalho de monitoramento das doenças é permanente, mesmo antes de existir registro da circulação no Estado.
Situação da monkeypox no RS em 4 de agosto
O número de casos de monkeypox confirmados no Rio Grande do Sul chegou a 12. Sete deles foram confirmados pela Secretaria da Saúde (SES) nos últimos sete dias. Entre o total, são sete homens e cinco mulheres.
Casos confirmados por município:
- Canoas: 1
- Caxias do Sul: 2
- Garibaldi: 1
- Igrejinha: 1
- Porto Alegre: 5 (sendo um deles residente do exterior em viagem à cidade)
- Uruguaiana: 1
- Viamão: 1
Sobre a doença
A monkeypox é uma causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.
Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Porém, neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Transmissão, prevenção e tratamento
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a até 21.
Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
Mais informações com orientações sobre a doença, prevenção e notas técnicas direcionadas aos serviços de saúde estão disponíveis no site da Atenção Básica da SES neste link.