Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior índice de mortalidade por HIV/aids
Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado nesta sexta-feira, 1º de dezembro
O boletim epidemiológico sobre HIV/aids de 2023 foi divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde. Os dados mostram que, nos últimos 10 anos, o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 mortes por 100 mil habitantes, mas o Rio Grande do Sul está com a mortalidade acima da média nacional, sendo 7,3 óbitos por 100 mil habitantes.
O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior índice de mortalidade por HIV/aids e Porto Alegre lidera entre as capitais, com 23,8, quase seis vezes o coeficiente nacional. Para o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do Ministério da Saúde, Draurio Barreira Cravo Neto, a tendência de queda nas mortes ainda vai se acentuar. Entretanto, um outro dado chama atenção: a maior queda está entre as pessoas brancas. Entre pretos e pardos, há uma estabilidade.
Ainda, segundo os dados divulgados, cerca de 65% dos diagnosticados são homens, e 35% são mulheres. As mulheres vivendo com HIV apresentam desfechos piores em todas as etapas do cuidado.
O Ministério lançará um edital em fevereiro de 2024 para envolver a sociedade civil na ampliação da prevenção e diagnóstico. Poderão participar movimentos sociais, universidades, fundações, sociedades científicas e ONGs, para trabalhar de forma articulada com o SUS. A previsão de investimento é de R$ 40 milhões, divididos entre recursos financeiros e insumos. É a primeira vez que a pasta inclui movimentos sociais em um edital.