Produção de repelente cresce 1.100%
Anvisa alerta que tais produtos não devem ser usados em crianças menores de 2 anos.
O fabricante do repelente Exposis, que sumiu das farmácias por causa do zika vírus, garantiu que a demanda e oferta serão equilibradas em duas semanas. Segundo o diretor-geral da empresa franco-brasileira, Paulo Guerra, uma nova estratégia foi adotada para acelerar a produção, que cresceu 1.100% nos últimos 15 dias na fábrica de Sarapuí, no interior de São Paulo.
Em vez de navio apenas, a icaridina (princípio ativo do repelente) será trazida também de avião da Alemanha.
Desde que o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika na gestação e a microcefalia em bebês, o consumo de repelentes aumentou, já que as grávidas estão procurando mais pelo produto para se prevenir contra o mosquito Aedes aegypti, que é transmissor do vírus.
Na sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que não há impedimento para que as grávidas usem repelentes, desde que estejam registrados na própria agência reguladora e que sejam seguidas as instruções do rótulo.
Segundo nota divulgada pela agência, estudos indicam que o uso tópico de repelentes, ou seja, direto na pele, à base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro.
No entanto, a Anvisa alerta que tais produtos não devem ser usados em crianças menores de 2 anos.
Em crianças entre 2 e 12 anos, a concentração dever ser no máximo 10% e a aplicação deve se restringir a três vezes por dia. Concentrações superiores a 10% são permitidas para maiores de 12 anos.
Além do DEET, a utilização da substância repelente Ethyl butylacetylaminopropionate e icaridina é reconhecidamente segura.