Pescadoras de Arambaré ampliam a renda durante a temporada de veraneio
Quitutes tem feito sucesso principalmente entre os turistas
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Do final do mês de novembro até meados de abril, durante todos os finais de semana, as pescadoras Rosimeri de Freitas Alves, Luciane Farias Leites e Luciara Rocha da Silva deixam a comunidade de Santa Rita do Sul, em Arambaré, onde vivem com as suas famílias, para trabalhar no Quiosque do Pescador, que fica no calçadão à beira da Lagoa dos Patos, no município.
No local, um dos destinos turísticos da região da Costa Doce, as pescadoras comercializam lanches e petiscos à base de peixes para ampliar a renda das famílias. “Era um sonho da gente”, comenta Rosimeri. “E ajuda na economia do lar”, completa Luciara.
Nos finais de semana, o quiosque fica lotado e chega a ter fila de clientes que buscam os petiscos das pescadoras para saciar a fome. “Estamos muito surpresas em ver tantas crianças e jovens apreciando a gastronomia à base de peixe. Pensávamos que teríamos um público mais seleto, porque não é todo mundo que gosta de peixe, mas vem todo mundo”, comenta Luciane.
Segundo a chefe do escritório da Emater/RS-Ascar em Arambaré, Neuza Dias Voss, este é o segundo ano que o trio de pescadoras participa, e somente em 2013 foram processados 500 quilos de peixes de janeiro a abril.
A Emater/RS-Ascar presta assistência técnica e extensão rural às famílias de pescadores de Arambaré desde 1997, apoiando iniciativas que visam à ampliação da renda e à melhoria da qualidade de vida, inclusive com a canalização de políticas públicas.
A partir de 2006, um grupo começou a fazer o tradicional Jantar do Peixe no município. Logo, a ideia de ampliar o número de eventos e ter um ponto fixo de venda de alimentos feitos à base de peixe surgiu, sendo apoiada pela prefeitura, que cedeu o quiosque no calçadão.
O veraneio de 2013 foi o pontapé inicial e, já no primeiro ano, o trio estreitou os laços de amizade, assumiu o desafio de investir e pagar as contas para começar a ter lucro. Luciane e as duas amigas pensam, para o futuro, em conseguir um próprio para trabalhar”.
Para Neuza, o maior lucro não é a geração de renda, e sim, o reconhecimento do trabalho que é feito. “A valorização das pescadoras, da atividade delas e dos produtos preparados é compensador”, destaca Neuza.