IFSul Camaquã adere à paralisação nacional
Categoria pretende realizar uma ação solidária no dia 05
Os servidores do Instituto Federal Sul-rio-grandense Câmpus Camaquã, aderiu ao processo de mobilização nacional quanto às reivindicações dos trabalhadores de educação. Nossa reportagem teve acesso nesta sexta-feira (31), ao comunicado de greve elaborado pela categoria. Leia na íntegra:
“O coletivo de servidores do Instituto Federal Sul-rio-grandense Câmpus Camaquã, desde o dia 20 de julho, aderiu ao processo de mobilização nacional quanto às reivindicações dos trabalhadores de educação, que tem sido estruturado por vários sindicatos em todo o país – entre eles, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), ao qual a maior parte dos nossos servidores é afiliada.
O movimento tem se expandido no território nacional. Após um período de intensas negociações com o governo por parte dos sindicatos – apoiadas por nosso câmpus em duas paralisações ocorridas no primeiro semestre de 2015 – e, ainda, a falta de disposição do governo em atender a nossas reivindicações, impôs-se a urgência de que entrássemos em greve. Cabe ressaltar que o SINASEFE foi o último sindicato nacional a entrar em greve, e o câmpus Camaquã deliberou por participar de forma efetiva dessa mobilização, compreendendo que as pautas em questão têm relação direta com o que acontece em nosso câmpus.
MAS, AFINAL, QUAL A RELAÇÃO ENTRE O CÂMPUS CAMAQUÃ E A GREVE NACIONAL? NO QUE A NOSSA COMUNIDADE ESCOLAR ESTÁ SENDO AFETADA?
O câmpus Camaquã já tem sentido os reflexos de algumas políticas governamentais voltadas para a educação. Exemplo disso são:
a) a expansão dos Institutos Federais, com políticas eficazes de implantação de novos câmpus, mas sem a mesma preocupação no que diz respeito à manutenção da qualidade dos serviços oferecidos por essas instituições de ensino, pesquisa e extensão, fundamentais para o desenvolvimento do país, sobretudo se pensarmos em uma ampliação do acesso à educação federal em cidades de pequeno e médio porte;
b) o corte orçamentário ocorrido, este ano, nas verbas voltadas para a Educação (R$ 9,4 bilhões), que tem impactado nossas ações de custeio (auxílio alimentação, moradia e transporte estudantil; manutenção do câmpus; recursos para ensino, pesquisa e extensão, o que inclui pagamento de bolsas de monitoria e iniciação científica, visitas técnicas) e de investimento (expansão da estrutura física do câmpus como reestruturação das redes lógica e elétrica, fechamento da quadra poliesportiva, criação de áreas de convivência para nossos alunos, criação de mais salas de aula e laboratórios que possibilitem melhorias na qualidade de ensino);
c) a limitação na oferta de vagas de docentes e técnicos administrativos, o que afeta diretamente num melhor atendimento da comunidade escolar, dificultando a abertura de novos cursos bem como na qualidade dos cursos e serviços oferecidos atualmente pelo câmpus.
ALGUMAS PAUTAS NACIONAIS
– Carreira Única dos Trabalhadores da Educação Federal com reestruturação das carreiras dos TAE e dos docentes;
– Contra a precarização da Rede Federal de Ensino e por uma expansão responsável e de qualidade;
– Não ao PLC 30/15 sobre as terceirizações;
– Isonomia de tratamento entre os docentes da carreira do EBTT com os docentes do Magistério Superior;
– Reajuste linear de 27,3%;
– Data-base (definição de uma data para negociações relacionadas aos direitos dos trabalhadores federais);
– Isonomia de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde etc) com os outros poderes e com os servidores do TCU;
– Em defesa do serviço público, contra os cortes do orçamento e 10% do PIB para a Educação Pública já;
– Auditoria da dívida, com a suspensão do pagamento da dívida pública;
– Contra o corte de verbas na Educação.
Dando continuidade às atividades de mobilização, o câmpus Camaquã realizará, na semana que vem, especificamente no dia 5 de agosto (quarta-feira), uma ação solidária visando contribuir com o CRAS Getúlio Vargas, uma das instituições camaquenses com quem nossa escola mantém parceria desde a sua implantação em 2010.
Por isso, convidamos você, interessado em compreender melhor as motivações deste coletivo de servidores da educação, a comparecer no IFSul-Camaquã na próxima quarta-feira, das 9:00 às 12:00, trazendo um quilo de alimento não-perecível e participando dos debates a respeito do movimento, que serão realizados no miniauditório da escola. Após o meio-dia, será realizada uma caminhada até o CRAS para a entrega dos alimentos arrecadados.
Contamos com a sua presença nessa luta por uma educação pública de qualidade!”
Greve dos servidores fecha Fóruns em todo o Estado
A Portaria de Direção do Fórum de Camaquã está regulamentando o período de greve e a suspensão de prazos processuais
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