Após 40 dias de greve, professores do IFSul de Camaquã planejam novas ações
Próximo ato ocorrerá no dia 1º de Setembro na Praça Zeca Netto
Ao fechar 40 dias de greve, o coletivo de servidores do Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Camaquã, informa à comunidade de Camaquã e Região que segue ativa neste processo importante de luta pela educação. Neste período, foram realizados encontros semanais dos servidores docentes e técnicos administrativos, aprofundando o debate sobre a conjuntura institucional e nacional da educação, que levaram a deflagração da greve.
Destaca-se que em 4 (quatro) oportunidades a comunidade escolar foi convidada a participar dos debates, visando uma melhor compreensão sobre o movimento de forma consciente. sendo que, a principal forma de divulgação desses encontros foram as redes sociais.
Na quarta- feira dia (26/08) foi realizada a Aula Pública: em defesa de uma educação pública de qualidade, evento realizado em conjunto com o CPERS-Sindicato. Sendo que neste dia onde ocorreu uma maior presença de pais de estudantes do IFSul até o momento, fato fundamental para que um movimento como este ganhe força. Acreditamos veementemente que uma greve com apoio da comunidade tenha muito mais força, interna e externamente. Nesta aula, além da análise da conjuntura atual, foi feita uma contextualização histórica da dívida interna brasileira, que é compreendida como sendo a causadora principal do momento quase trágico vivido pela educação brasileira. Ao final, como qualquer evento que se proponha a ter a comunidade próxima, foi aberto o espaço para questionamentos. As principais indagações e respostas foram:
1) Quando a greve terminará e quais as consequências da mesma no calendário letivo dos estudantes?
Não acreditamos em greve por tempo determinado. A luta envolve questões fundamentais para que a educação pública tenha a mínima qualidade desejada por aqueles que nela trabalham. Sendo assim, não temos como definir uma data para o seu fim. Quanto ao calendário letivo, os estudantes tem o direito de mais 100 dias letivos e assim será feito. Assim que a greve acabar, o que esperamos ser com a máxima brevidade possível, um estudo será feito para a melhor adequação destes dias, não prejudicando a qualidade do ensino, tão buscada por nós servidores e pela comunidade.
2) O que os servidores esperam conseguir com a greve?
O cenário é muito ruim e temos ciência de que nossa pauta de reivindicações, legais e legítimas, não será de todo atendida. Nosso foco está na PRECARIZAÇÃO da EDUCAÇÃO, que é reforçada diretamente com o corte orçamentário do governo federal imposto à educação. Além disso, não queremos perder direitos já conquistados com muita luta, assim como desejamos que os futuros colegas de profissão também não sejam recebidos com menos direitos. Espera-se que ao menos consigamos sensibilizar a sociedade e o governo, esperando que este volte a entender, comprovando em ações, que a educação merece muito mais atenção, respeito e investimento, para que o Brasil seja um país melhor.
3) Como a comunidade pode apoiar de forma efetiva o movimento?
O primeiro passo é esse: querer apoiar, por entender que há coerência, correção e legitimidade e legalidade nas reivindicações. Cremos que o em seguida, a presença física nas mobilizações feitas pelos servidores é de suma importância, dialogando, debatendo, questionando e dando-se voz, como diretamente interessados em uma educação de qualidade para seus filhos. Outro aspecto fundamental é o que chamamos de “boca-a-boca”, ou seja, é de extrema relevância que aqueles que apoiam o movimento levem os fatos e suas opiniões adiante. Fazer com que amigos, colegas de trabalho, filhos, imprensa e redes sociais saibam que você apoia, porque apoia e que está ao lado dos servidores.
O próximo ato da categoria ocorrerá na terça-feira, dia 1º de setembro, 9hs, na Praça Zeca Netto, novamente com o CPERS.
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