Recém-nascida que morreu em acidente em Cristal estava sem equipamento de segurança
A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que faz um alerta para o uso do bebê-conforto nos veículos

A Polícia Civil confirmou que a menina recém-nascida, que foi uma das quatro vítimas do acidente de trânsito ocorrido neste domingo (18) na BR-116 em Cristal, no Sul do Estado, estava sem o equipamento de segurança obrigatório. Ela deveria estar usando o bebê-conforto, utilizado nos carros para o transporte desde a saída da maternidade até a criança até completar um ano ou até ter 13 quilos.
A informação, confirmada pela delegada de Camaquã, Vivian Duarte, faz parte da investigação que apura o caso em que também morreram os pais da recém-nascida e mais um motorista. No entanto, ela lembra que o objetivo é fazer um alerta para o uso correto dos equipamentos para tentar evitar o máximo possível um ferimento grave ou até a morte. Nessa idade, o pescoço dos bebês ainda é muito frágil e não consegue suportar bem a cabeça. Além de ter o bebê-conforto, é preciso que a criança fique virada para trás, de costas para o motorista. Isso porque, em caso de batida ou freada brusca, não se machuque. A delegada Vivian diz que o equipamento não foi encontrado no carro em que a família estava e destaca que a mãe da menina estava sem cinto de segurança ou não estava usando corretamente.
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– Tudo será apurado e tudo depende da perícia, bem como para saber as causas do acidente. Mas estas informações jde segurança são importantes para alertar a todos e evitar problemas graves – explica Vivian.
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Veja o vídeo, do Guilherme Rockett, enviado exclusivamente para o Clic Camaquã:
Investigação
O caso foi repassado para o delegado Edson Ramalho, que responde pela delegacia de Cristal. As primeiras informações são baseadas no boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para se saber as causas e circunstâncias do acidente. Além disso, os agentes irão aguardar pelos resultados periciais e tentam detalhes do fato com testemunhas. Não foram localizadas imagens de câmeras de segurança até o momento e não foi possível falar com a única pessoa que sobreviveu ao acidente devido à gravidade dos ferimentos.
O objetivo do inquérito é confirmar se o trecho da BR-116, no quilômetro 421, era mesmo um local com ultrapassagem permitida, como foi informado inicialmente, e também a velocidade empregada pelos dois veículos que colidiram frontalmente. Um carro Gol de cor cinza, com placas de Belo Horizonte, no sentido Porto Alegre/Interior da rodovia, estava sendo conduizido por um homem paulista. Ele é funcionário de uma empresa que tem matriz em São Paulo e foi encaminhado para o hospital de Camaquã. Depois, a polícia disse que ele foi conduzido para Porto Alegre. O nome da vítima não foi divulgado pela polícia. Os agentes tentam confirmar se ele teria feito uma ultrapassagem no trecho ou se o outro carro teria tentado entrar em uma estrada vicinal na região.
A polícia diz que o acidente ocorreu na entrada para a localidade de Cordeiro, entre Camaquã e Cristal, que é a região onde a família, que estava no outro carro, residia. Eles estavam sendo conduzidos para casa, após o parto em São Lourenço do Sul, por um Gol branco da prefeitura de Cristal. Não se descarta o fato de que os dois motoristas tentaram desviar um do outro e mesmo assim teriam colidido no acostamento. Para a investigação, alguém pode ter feito uma manobra errada, mas tudo depende da perícia. Após a colisão, o Gol prata estava em um barranco e o Gol branco no acostamento da BR-116. Morreram os pais do bebê, Elizete Oliveira Rodrigues, 43 anos, e Valdomiro Meireles dos Santos, 45 anos, além do motorista da prefeitura de Cristal, Fernando Geraldo Carvalho Braga, 50 anos.
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