Polícia Federal informa investigação após “apagão” durante votação da PEC
A corporação foi acionada pós o deputado Arthur Lira afirmar que pediria investigação sobre supostas “interferências indevidas” na votação da PEC dos Auxílios
Nesta quarta-feira (13) a polícia federal instaurou procedimento preliminar de apuração para investigar as inconsistências na intranet e no sistema de votações da Câmara dos Deputados.
A corporação foi acionada após o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, afirmar que pediria investigação da PF e do Ministério da Justiça sobre supostas “interferências indevidas” na votação da PEC dos Auxílios.
Durante o dia, a Casa aprovou a PEC em primeiro turno. A medida injeta R$ 41,25 bilhões em programas sociais vigentes, além de criar novos benefícios. À noite, durante a votação do segundo turno, os sistemas ficaram instáveis.
“Já houve duas votações em que o painel eletrônico tinha dado defeitos. Há 467 deputados com presença na Casa hoje. Estamos com o pessoal da parte técnica que vai me dar por certidão o que está acontecendo. Dois servidores caíram ou foram cortados, duas empresas diferentes. Vou fazer uma queixa formal à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça. Isso é interferir no trabalho livre e autônomo do Poder Legislativo”, defendeu o presidente da Câmara.
Os agentes da PF chegaram ao local por volta das 22h dessa terça (12), para fazer as primeiras verificações. “Foi instaurado procedimento preliminar de apuração na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, e as diligências continuam, a fim de esclarecer prontamente o ocorrido”, informou a corporação.
São necessários 308 votos favoráveis em dois turnos para aprovação da proposta, além da votação em separado dos destaques ao texto.
Motivo de polêmica, a PEC é a principal aposta do governo para acelerar benesses a pouco menos de três meses do primeiro turno da eleição.
*Com informações: Portal Metrópoles.