“Nos parece que esse é um ato que não corresponde com a legislação”, diz vereador
Luciano Delfini afirmou que Ministério Público foi "provocado" a notificar a Prefeitura, para que a mesma explique se a entrega de máquinas foi ou não um ato de governo
Na manhã desta terça-feira (15), o programa Bom Dia Camaquã completou um ano no ar e recebeu como um de seus convidados, o vereador Luciano Delfini (PTB). O parlamentar foi entrevistado pelo jornalista Eduardo Costa no estúdio da ClicRádio e falou sobre diversos assuntos de interesse dos camaquenses.
Ele iniciou sua fala abordando a entrega de emendas conquistadas junto ao Deputado Federal Marcelo Moraes (PTB), que segundo ele, foi uma das maiores entre os presentes, se referindo ao total das verbas destinadas pelo parlamentar.
Um dos destaques de sua fala teve relação com a entrega de maquinário realizada pela Prefeitura de Camaquã.
“Esse caso me parece muito mais um ato pirotécnico de entrega de equipamentos”, disse Delfini. Segundo ele, foi gasto tempo e recursos do município para realizar o evento, já que as máquinas precisaram ser levadas, ocupando espaço público, além da redução de horas trabalhadas pelos servidores para que os mesmos pudessem comparecer à entrega.
Luciano Delfini afirmou que máquinas já poderiam estar sendo utilizadas e que se a entrega tivesse menos brilho, a população sairia ganhando. Ele ainda relatou que o Ministério Público foi “provocado” a investigar a entrega, para saber se a mesma pode ou não se encaixar como um ato político.
A Prefeitura Municipal de Camaquã foi notificada oficialmente no início da tarde desta segunda-feira (14), às 12h19, conforme documento eletrônico assinado pela promotora de justiça, Camile Balzano de Mattos. Conforme o procurador-chefe do município, Fabiano Ribeiro, a prefeitura foi notificada cerca de 15 minutos antes do evento e pediu prorrogação do prazo.
Segundo o vereador, os elementos que podem configurar que a entrega foi um ato político foram elencados e entregues ao órgão, para que a fiscalização e posterior notificação fossem realizadas.
“Nos parece que esse é um ato que não corresponde com a legislação”, completo Delfini.
Confira a entrevista completa a partir de 1h43min de transmissão: