Lideranças gaúchas defendem adiamento das eleições municipais
Como argumentos, citam que muitos locais de votação, como escolas, foram destruídos pelas chuvas e que não haverá “ambiente” para uma campanha eleitoral
A tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul levou lideranças gaúchas a defenderem discussões sobre o adiamento das eleições nos 497 municípios do estado. Como argumentos, citam que muitos locais de votação, como escolas, foram destruídos pelas chuvas e que não haverá “ambiente” para uma campanha eleitoral.
De acordo com dados da Defesa Civil, atualizados às 18h de quinta-feira (16), a enchente já provocou 151 mortes. Há 104 desaparecidos, 540 mil desalojados e 77 mil pessoas em abrigos.
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Um dos primeiros a defender o adiamento das eleições, que hoje são marcadas para 6 de outubro e 27 de outubro, onde houver segundo turno, foi o deputado federal e presidente estadual do Partido Liberal (PL), Giovani Cherini. Para ele, o processo eleitoral deveria ser reagendado para o primeiro semestre de 2025, depois que a população tiver condições de voltar a suas casas.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), disse que um eventual adiamento precisa ser avaliado “com muito critério” e de forma coletiva pelas instâncias devidas. Mas esse debate, deve ocorrer quando o “auge da catástrofe passar e tivermos a dimensão real do impacto nos diversos aspectos da sociedade”.
Durante a pandemia, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) adiando o pleito de 4 de outubro para 15 de novembro. A medida procurou evitar a proliferação do coronavírus. No mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a adiar por mais dias a votação em Macapá, mas por outro motivo: a capital estava sofrendo com apagões há dias.