“Se são quinze vagas, os quinze mais votados deveriam ocupar estas vagas”, afirma Robson Marques
Ex-secretário da Saúde foi o quarto candidato mais votado em Camaquã e acabou não se elegendo

O programa Bom Dia Camaquã desta terça-feira, 22 de dezembro, recebeu o ex-secretário da Saúde e candidato a vereador na última eleição, Robson Marques, do Partido Trabalhista Brasileiro. Mesmo sendo o quarto vereador mais votado na cidade, com 952 votos, ele não está entre os quinze vereadores eleitos em virtude do sistema de quociente eleitoral. Assista a entrevista:
📱 Clique para receber notícias de graça pelo WhatsApp.
O sistema ainda gera confusão entre os eleitores (entenda abaixo). No início da entrevista, Marques agradeceu aos 952 votos recebidos na eleição e destacou que o sistema precisa ser revisto: “O sentimento é que a lei precisa ser revista. […] Se são quinze vagas, os quinze mais votados deveriam ocupar estas vagas”. Ele ainda destacou que caso o quociente deixe de existir, a eleição dos quinze mais votados iria valorizar cada candidato, de acordo com o trabalho desenvolvido durante cada campanha.
A cobertura das Eleições Municipais 2020 tem o apoio de CES Equipamentos Agrícolas e Energia Solar.
No pleito bastante acirrado na busca por uma cadeira no Poder Legislativo camaquense, três candidatos fizeram uma boa votação, porém por questão da legenda, acabaram não efetivando a vaga. Eles ficaram entre os quinze mais votados em posição geral. São eles:
Robson da Saúde – PTB – 952 votos – 4° mais votado
Ivana de Paula – PSD – 670 votos – 13 ° mais votada
Marcos Maranata – PL – 640 votos – 14° mais votado
Conheça os vereadores eleitos:
- Luciano Cabeça (PSDB) – 1.483 votos
- Vitor Azambuja (PP) – 1.307 votos
- Bonus (REPUBLICANOS) – 1.192 votos
- Vinícius Araújo (MDB) – 911 votos
- Renato Cabelereiro (PSDB) – 890 votos*
- Mazinho (PSDB) – 857 votos*
- Neco (PSDB) – 845 votos
- Mano Martins (DEM) – 814 votos
- Marivone Ramos (PT) – 775 votos
- Eva Rosi (PSDB) – 759 votos
- Ronaldinho Renocar (PP) – 742 votos
- Prof Claiton Silva (PDT) – 696 votos
- Ilson Meireles (PP) – 619 votos
- Marcio Nunes (MDB) – 549 votos
- João Pedro Grill (PSB) – 549 votos
*Devem assumir Secretarias, dando a vaga para seus respectivos suplentes: Daniel da Pacheca e Mozart.
O Quociente eleitoral é um método pelo qual se distribuem as cadeiras nas eleições pelo sistema proporcional de votos em conjunto com o quociente partidário e a distribuição das sobras. Entenda como funciona e porque os parlamentares acima não se elegeram:
O que é novo nestas eleições 2020 é que o quociente foi utilizado em nível partidário e não de coligações como era feito anteriormente.
A conta é simples. Divide-se o número de votos válidos pelo número de vagas para definir quais partidos atingem o quociente eleitoral. Cada vez que um partido atingir a marca do QE, a legenda ganha direito a uma vaga na câmara.
Como funciona o quociente eleitoral? (Exempl0)
Partido/coligação | Votos nominais + votos de legenda |
Partido A | 1.900 |
Partido B | 1.350 |
Partido C | 550 |
Partido D | 2.250 |
Votos em branco | 300 |
Votos nulos | 250 |
Vagas a preencher | 9 |
Total de votos válidos (conforme a Lei n. 9.504/97) | 6.050 |
QE = 6.050 / 9 = 672,222222… => QE = 672
Logo, apenas os partidos A e B, e o partido D, conseguiram atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis.
Eleições 2020: conheça os vereadores eleitos em Camaquã
Isso quer dizer que o partido C, não atingiu o QE, pois só teve 500 votos válidos. Os votos em branco e nulos não entram na conta do quociente.
No exemplo se dividirmos o QE pelo número de votos conquistados por cada legenda, teremos a seguinte composição: partido A, três vagas; partido B, duas vagas e partido D, quatro vagas.