Policiais são orientados a não atuar fora do horário de expediente
Sindicato da Polícia Civil lançou cartilha para operação-padrão
Em protesto contra o parcelamento de salários de servidores estaduais do Executivo, os agentes de Segurança Pública, ainda nessa quinta-feira, anunciaram uma operação-padrão. A ideia é estender a iniciativa até que o governo quite integralmente as remunerações de julho, o que está previsto para ocorrer apenas no dia 19 de agosto. Nesta sexta, o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) lançou uma cartilha com normas a serem obedecidas durante o período de operação-padrão.
Uma das ordens da cartilha é a não participação nas operações policiais fora do horário de expediente. Conforme o Ugeirm, as ofensivas têm se tornado uma peça de propaganda da gestão de José Ivo Sartori e os policiais não querem compactuar com a “atitude hipócrita do governo, que não paga salários, não realiza promoções, mas ao mesmo tempo passa para a população, através de caríssimos anúncios publicitários, a imagem de que está combatendo a criminalidade”.
Outra decisão tomada foi a de não trabalhar além do horário de expediente toda vez que os salários estiverem em atraso. Essa atitude deve ser tomada mesmo com a promessa de pagamento de horas-extras. Os policiais não irão concluir procedimentos, exceto autos de prisão em flagrante, e não irão registrar ocorrências consideradas atípicas, além de perdas de documentos e desacordo comercial.
Entre as chamadas “medidas permanentes” estão a não execução de trabalhos em viagem sem pagamento antecipado de diárias; comunicar às autoridades competentes a situação dos prédios da polícia civil que não possuem PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio) do Corpo de Bombeiros; só sair para qualquer missão com viatura em perfeito estado, devidamente vistoriada pelos órgãos competentes e com a documentação em dia.