Gaúcho é condenado a 27 anos após sacrificar homem em ritual satânico
No ritual satânico, casal precisava sacrificar uma pessoa; a mulher, que também participou do crime, será julgada de forma individual
Um homem foi condenado a mais de 27 anos de prisão após sacrificar outro homem em ritual satânico. O acusado, Erin de Melo Almeida, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e condenado na última terça-feira, 3 de maio.
O acusado foi julgado pelo Conselho de Sentença da 3ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre, que decidiu condenar o homem a 27 anos e 3 meses de reclusão.
Erin respondia pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), ocultação de cadáver e furto qualificado.
A vítima é Romualdo da Silva, morto por Erin e por sua companheira no dia 25 de setembro de 2016.
Segundo o promotor de Justiça Sérgio Hiane Harris, que atuou em plenário, a vítima trabalhava como motorista. Erin e sua companheira, Pâmela Danusa Viana Santos, pediram que Romualdo os levasse até um sítio.
No trajeto, o casal agrediu o motorista, asfixiando-o e desferindo golpes de faca até a morte.
Romualdo foi amordaçado e teve as mãos amarradas. Seu corpo foi encontrado no dia 21 de outubro de 2016, em uma vegetação na cidade de Canoas.
Após matar a vítima e ocultar o corpo, o casal levou o celular e o automóvel (Toyota Hilux) que foi localizado dois dias depois do crime, na cidade de Esteio.
A motivação do crime seria oferecer a alma da vítima em sacrifício ritualístico ao diabo. Nele, seria necessário sacrificar um homem.
Na denúncia protocolada em 14 de março de 2017, os acusados “concorreram para a prática do delito ao ajustarem, planejarem e organizarem entre si a prática da empreitada criminosa, bem como ao asfixiarem a vítima e ao desferirem-lhe golpes de arma branca”.
A companheira de Erin, Pâmela, será julgada separadamente, possivelmente em outro Júri.