Anestesista que estuprou grávida é hostilizado e passa primeira noite em cela isolada
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi flagrado estuprando uma grávida sedada durante um parto por cesariana
O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, flagrado estuprando uma grávida sedada durante um parto por cesariana, passou sua primeira noite no presídio Bangu 8. Ao chegar ao local, ele foi hostilizado por detentos e acabou passando a noite em uma cela isolada.
Ele está na unidade “Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira”, conhecida como Bangu 8, no prédio destinado para detentos que possuem o Ensino Superior.
Ao chegar ao local, por volta das 21h15 desta terça-feira, 12 de julho, detentos do presídio começaram a sacudir as grades, vaiar e xingar o anestesista, como forma de protesto.
Ainda durante o dia, ele havia passado por uma audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida para prisão preventiva.
De acordo com o G1, além de ter sido filmado estuprando uma mulher na mesa de parto, ele é investigado por mais cinco possíveis atos como este cometidos no nas unidades em que trabalhou, entre elas o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.
“Em um parto onde a mulher, além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou a magistrada.
Ainda de acordo ao G1, com a mudança do status da prisão, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada se ultrapassar 90 dias. Neste tempo, o inquérito policial poderá ser concluído e entregue ao Ministério Público que decidirá pela denúncia ou não, e pela manutenção da prisão.