PGR defende suspensão de novo júri da boate Kiss
Após anulação do último júri, novo julgamento está marcado para iniciar no dia 26 de fevereiro
A Procuradoria-Geral da República se manifestou no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão do novo júri da boate Kiss, que está marcado para ocorrer no dia 26 de fevereiro. Para a PGR, a suspensão deve valer até que seja analisado pelo STF um recurso contra a anulação do primeiro júri, que levou à condenação de quatro réus.
O Ministério Público Federal (MPF) diz que não há nenhum réu preso e que a suspensão serviria para evitar gastos financeiros com a preparação de um júri. Em setembro do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça manteve a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que invalidou o júri, realizado em dezembro de 2021, por falhas apontadas no julgamento mais longo do Rio Grande do Sul.
Os réus Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos aguardam em liberdade novos julgamentos.
O MP do RS também pede que a Corte suspenda o novo júri até que o recurso seja analisado. A justificativa é que a medida evitaria um novo sofrimento dos sobreviventes e das famílias das vítimas fatais.
Relembre
Um incêndio na casa noturna Boate Kiss, em Santa Maria, no dia 27 de janeiro de 2013, deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Mais de 20 pessoas foram indiciadas, mas apenas quatro levadas à julgamento e condenadas em 2021. Hoje estão soltas após anulação, aguardando novo julgamento e recursos.