Pedido de impeachment de Lula já conta 87 assinaturas
Deputados afirmam que o presidente Lula cometeu crime de responsabilidade ao acusar Israel de genocídio
Liderados por Carla Zambelli (PL), deputados federais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão promovendo a assinatura de um pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT), documento a ser protocolado na Câmara nesta terça-feira (20) e que já conta com ao menos 87 assinaturas.
São necessárias 171 assinaturas para protocolar um pedido de impeachment na Câmara.
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Motivação
Os deputados afirmam que o presidente Lula cometeu crime de responsabilidade ao acusar Israel de genocídio em sua fala durante coletiva de imprensa, na Etiópia. O Estado de Israel declarou Lula como ‘persona non grata’ nesta segunda-feira (19) após o presidente comparar ação contra palestinos em Gaza ao Holocausto.
O Holocausto é a denominação utilizada para se referir ao genocídio de judeus e outros grupos perseguidos pela Alemanha nazista de Adolf Hitler no século passado. Mais de 6 milhões de judeus foram executados naquele período.
A guerra em Gaza dura cerca de quatro meses e já vitimou mais de 20 mil palestinos, entre inocentes e membros do grupo terrorista do Hamas, que iniciou o conflito ao invadir Israel e assassinar mais de mil pessoas inocentes em uma festa rave e vilarejos de região próxima de Gaza no dia 7 de outubro de 2023.
De acordo com o governo israelense, o objetivo é combater o grupo terrorista e não exterminar os palestinos.
A fala do presidente brasileiro também motivou uma nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
O que disse o Hamas via Telegram
Essa declaração vem no contexto de uma descrição precisa daquilo a que nosso povo está exposto e revela a grandeza do crime sionista cometido com cobertura e apoio aberto do governo norte-americano liderado pelo presidente Biden.
CONIB repudia fala de Lula que banaliza o Holocausto
A CONIB repudia as declarações infundadas do presidente Lula comparando o Holocausto à ação de defesa do Estado de Israel contra o grupo terrorista Hamas. Os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua Carta de fundação a eliminação do Estado judeu. Essa distorção perversa da realidade ofende a memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes.
O governo brasileiro vem adotando uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira. A CONIB pede mais uma vez moderação aos nossos dirigentes, para que a trágica violência naquela região.não seja importada ao nosso país.