Estado Islâmico assume responsabilidade por ataques no Irã
Antes do grupo terrorista assumir responsabilidade via Telegram, presidente do Irã havia prometido vingança por atentado que matou quase 100 durante cerimônia alusiva aos quatro anos da morte do general Qassem Soleimani, ex-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana
Ao menos 84 pessoas morreram e outras 211 ficaram feridas após duas explosões ocorridas nesta quarta-feira (3) no Sul do Irã, durante cerimônias de homenagem ao general Qassem Soleimani, um herói do regime iraniano, morto em 2020, durante bombardeio ordenado por Trump, então presidente dos Estados Unidos.
O governo brasileiro condenou o ataque através de nota oficial. Muitas suspeitas sobre autoria do ataque foram levantadas, mas nenhum grupo ou país havia declarado autoria até esta quinta-feira (4), quando o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelas duas explosões através de um comunicado em seus canais do Telegram.
Outro ataque foi registrado nesta quinta-feira contra a sede da milícia apoiada pelo Irã no leste de Bagdá. Nesta ocasião, ao menos quatro combatentes foram a óbito. Nenhum grupo se manifestou sobre autoria.
Vingança
Ainda na quarta-feira, data do ataque durante a cerimônia, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, publicou um comunicado condenando o “ato covarde” e “odioso” e prometendo “castigo” aos responsáveis.
O ministro da Administração interna e comandante dos Guardas da Revolução, Ahmad Vahidi, pediu aos iranianos que não acreditarem em especulações nem espalhem rumores.
Contexto
Os ataques ocorrem durante conflito entre Hamas e Israel, no Oriente Médio, aumentando ainda mais a tensão na região. Neste conflito, desencadeado em outubro de 2023, passam de 20 mil mortos.