Zé Roberto fica no Grêmio e não dá prazo para acabar carreira
O camisa 10 celebrou a permanência no clube gaúcho por mais um ano
O final das novelas geralmente acontecem na sexta-feira. A quinta, porém, também foi de término de uma negociação que se arrastou no Grêmio: a renovação de contrato do meia Zé Roberto. O camisa 10 celebrou a permanência no clube gaúcho por mais um ano, revelou uma “ameaça de morte” de um torcedor e confirmou as informações iniciais de que reduziu parte do salário. O jogador ainda não quis colocar um prazo para terminar sua carreira.
O meia contou uma passagem que passou com ele nesta quarta-feira. Um torcedor o abordou no supermercado e pediu para que ficasse no Tricolor. Caso contrário, ele “o mataria”.
– Estou muito feliz pela renovação, onde não houve muito desgaste das duas partes, pelo contrário. Foi uma renovação que demorou um pouco devido a algumas questões que se precisava colocar em pauta, mas tudo foi resolvido. As partes estão felizes. Eu e o torcedor. Não aguentava mais sair na rua… Ontem, fui no mercado, passou um maluco gritando “você tem que ficar senão vou te matar” – riu Zé Roberto.
Zé permanece no clube até o final do ano – a renovação automática iria até junho – e reduziu no seu direito de imagem os vencimentos mensais. Assim, viabilizou sua permanência no clube gaúcho, que passou por uma readequação financeira. A negociação teve como empecilho a distância entre o meia e os dirigentes do clube gaúcho, em Porto Alegre, e o empresário do jogador, Christian Butcher, na Espanha.
– Se tivesse que pesar a parte financeira, ninguém gosta, poucos, fariam uma redução no seu salário. Eu não pensei duas vezes quando o clube me propos isso, quando você está identificado com o clube, quando você tem uma paixão, alguns projetos, tudo isso tem que colocar em questão. E às vezes a gente perde me um lado e ganha em outro – explicou o meia.
Ainda sem saber quando vai parar, o jogador disse que está espantado com sua longevidade. Quando retornou ao Brasil, em 2006, para o Santos, planejava o ´termino da carreira com 35 anos. Hoje, tem 39.
– Estou com medo. Quando eu vim para o Brasil, em 2006, vim programado a jogar mais três anos, até dos 35 para 36. Os anos só estão aumentando. Essa notícia não dei para a minha esposa, que renovei por mais um ano. Faz parte do trabalho, viver longe da família. Estou muito feliz, vou continuar jogando enquanto tiver produzindo e tiver bem, em alto nível. Não posso falar hoje o que acontecer daqui um ano. O que posso dizer é que estou muito feliz, meu maior objetivo foi alcançado, que era permanecer, pela identificação com o clube e disputar uma Libertadores – destacou o jogador.