Marcos Guilherme, do Internacional, comenta possível redução salarial: “Talvez a gente tenha que ceder um pouquinho”
Marcos Guilherme, do Internacional, comenta possível redução salarial: "Talvez a gente tenha que ceder um pouquinho"
O meia-atacante Marcos Guilherme, do Internacional, foi um dos convidados do “Troca de Passes” desta terça-feira. Perguntado como os jogadores têm encarado a possibilidade de redução salarial por conta da pandemia do coronavírus, o atleta de 24 anos disse que o grupo tem conversado constantemente e apostou que o bom relacionamento entre time e diretoria facilitará uma decisão benéfica para todos os interessados.
– Com certeza estamos muito cientes disso, nós conversamos diariamente. Quando cheguei ao Inter, ouvi muito sobre união entre diretoria e jogadores. Sabemos que em alguns clubes isso é um pouco difícil, mas o que vi aqui foi uma união muito forte de jogadores e diretoria, resolvendo problemas em conjunto. Dessa vez não vai ser diferente. Temos muita abertura com os dirigentes e o presidente. Sabemos da situação do mundo e que todos os times vão sofrer com a parte financeira.
– O que mais queremos é ajudar o clube a encontrar uma solução que seja boa para todo mundo. Lógico que talvez a gente tenha que ceder um pouquinho, é normal, mas estamos muito conscientes disso. Não só os jogadores, mas os funcionários, que muitas vezes não são lembrados, e nós conversamos muito com eles sobre o quanto importante é essa parte financeira para eles. Com certeza a gente tem conversado para entrar num melhor acordo para jogadores, funcionários e clube.
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Impressão sobre o trabalho de Coudet
A impressão nossa é a melhor possível. Nossa equipe tem muita intensidade, não para um minuto. Durante o treinamento ele nos cobra o dobro. Tem um esquema muito claro, com dois atacantes e quatro no meio-campo. Recebemos algumas críticas no início, porque tínhamos muito volantes, mas ele nos chama de meias.
Lindoso, Musso e Patrick eram tachados de jogadores mais de marcação, e hoje eles têm aprendido a construir mais. A expectativa é a melhor possível. Pena essa pausa porque a equipe vinha evoluindo, mas sabemos que foi por um motivo maior, de saúde. Mas temos certeza que não vamos deixar o nível baixar.
Possibilidade de não haver concentração dos times após a pausa por conta da pandemia
Acho que é muito questão de costume e confiança. Temos uma fama não muito boa aqui no Brasil, de não dormir à noite, às vezes de sair.
Hoje em dia o jogador está muito mais profissional e mais consciente do que pode e não pode fazer. Se não nos cuidarmos fora de campo, o rendimento vai refletir ali dentro. Se for o caso de não ter a concentração, acho que todo jogador vai ter a consciência e descansar. É o nosso trabalho, estamos expostos para todo o mundo.