Engenheiro tira dúvidas sobre procedimentos realizados pela AUD
Éverton Fonseca concedeu entrevista a Rádio Camaquense nesta terça
Durante o programa Ligação Direta desta terça-feira (20), diversos ouvintes relataram preocupação com as chuvas que estão previstas para o dia de hoje. Alguns relataram que o nível baixo do Arroio Duro, poderia ser sinônimo de perigo para os moradores.
O engenheiro Éverton Fonseca foi entrevistado nesta manhã pelo radialista Oberti Martins, onde esclareceu dúvidas de ouvintes e dos convidados do programa. Ele ressaltou que a AUD tomou todas as iniciativas que eram de sua competência, durante as chuvas que assolaram a região e atingiram dezenas de famílias no município.
Segundo Éverton Fonseca, engenheiro da Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD), na manhã de hoje tudo ocorria dentro da normalidade. Ele afirmou que a equipe está atenta as previsões de chuva e tem tomado todas as ações preventivas necessárias para evitar transtornos aos moradores.
Éverton explicou que não se pode esquecer a finalidade da Barragem do Arroio Duro, que é a de irrigação. Segundo ele, mesmo assim, a Associação nunca se descuidou da questão dos escoamentos e prevenção de enchentes.
Éverton disse que nos últimos dias houve uma diminuição estratégica do nível do Arroio Duro, evitando que em caso de descargas, as águas não escoem de forma satisfatória, ocasionando alagamentos nas residências próximas.
AUD aponta algumas causas para alagamentos
Segundo Éverton, a ponte localizada junto ao CTG Camaquã não possui largura e altura suficientes para que houvesse a passagem das águas. Ele afirmou que o correto seria que aquela ponte tivesse as mesmas dimensões da ponte do Arroio Duro que fica localizada na Avenida Sete de Setembro. Ainda segundo ele, o Arroio Duro não possui largura necessária em locais específicos, como por exemplo, o ponto em que o arroio transbordou próximo à prainha.
A ocupação das margens do Arroio Duro, além de ser um fator de risco para as famílias que ali residem, também é considerada um transtorno para que haja o escoamento correto das águas.
O último estudo de vasão do Arroio Duro foi realizado em 1997. Segundo Éverton, este estudo já apontava para a necessidade de alargamento do Arroio Duro e sua drenagem, que retiraria cargas de areia que hoje dificultam o escoamento das águas.
Durante a entrevista, Éverton afirmou que a Barragem do Arroio Duro não é motivadora de enchentes. Segundo ele é preciso que haja liberação ambiental e força de vontade política para que os trabalhos necessários sejam realizados.