Servidores do Ifsul Camaquã emitem nota sobre greve da categoria
Servidores do Ifsul Camaquã informam pais e alunos sobre greve da categoria
Os servidores do Ifsul Camaquã que estão com suas atividades paralisadas em função da busca de melhorias para a categoria, divulgou novo comunicado sobre o assunto. Leia na íntegra:
“Ao chegarmos, aproximadamente, aos 60 dias de greve, sentimos a necessidade de trazer informações sobre o movimento grevista em curso. Começamos ressaltando que o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica Federal (SINASEFE), é composto por diversas Seções Sindicais, presentes em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Dentre elas, mais especificamente, os servidores do Campus Camaquã signatários deste comunicado, pertencem ou são representados pela seção sindical SINASEFEIFSul. Compondo essa seção, é válido destacar que, tanto nas reuniões de Campus quanto nas Assembléias Gerais, todos os servidores do IFSul têm voz e direito a voto, independentemente de estarem filiados ou não. Isso reforça o caráter democrático da entidade. Dessa maneira, uma vez que temos um compromisso com a TRANSPARÊNCIA e VERACIDADE das informações, REPUDIAMOS qualquer tipo de manipulação dessas informações. A manipulação, geralmente acompanhada do boato, geralmente é construída a partir de informações selecionadas de acordo com o interesse de quem a faz, normalmente feita de forma descontextualizada e com informações que representam muito bem os termos manipulação e boato. Tendo a certeza de que tais atitudes não contribuem para o esclarecimento da comunidade, traremos a público, informações cujo conteúdo nos parece importante, a fim de evitar a propagação e crença no que não retrata a verdade. No dia 13 de julho, o SINASEFE Nacional deliberou, em Plenária, a deflagração da greve 2015, motivado pela indiferença do governo com a categoria, já que este não abriu espaço a negociações para discutir a pauta de reivindicações protocolada em fevereiro de 2015. Esta pauta de reivindicações está dividida em dois eixos, um denominado GERAL e o outro ESPECÍFICO, sendo amplamente divulgada no site do sindicato (sinasefe.org.br), nas redes sociais, e em panfletos distribuídos à comunidade nos atos públicos. Vale destacar que, no eixo GERAL, estão compreendidas as reivindicações de 33 categorias de servidores públicos federais, que integram o Fórum dos Servidores Públicos Federais, também conhecido como Fórum dos SPFs. Uma vez que abarca tantas categorias, é comum que, nesse eixo, a luta esteja embasada no que há de comum entre elas: a questão da reposição salarial e a exigência de uma data base, algo de que nós, servidores federais, não dispusemos. É no segundo eixo, o ESPECÍFICO, que se coloca a pauta dos servidores em educação no âmbito do SINASEFE. Neste estão colocadas as reivindicações concernentes a nós, servidores do Campus Camaquã, profissionais da educação, onde é importante informar, são construídas por todos os que se dispõe a participar efetivamente. É no eixo específico que se impõe, como primeira e mais importante, a LUTA CONTRA A PRECARIZAÇÃO da rede federal de ensino, materializada pelos cortes no orçamento dos campi, e que atingiu diretamente o Campus Camaquã. Aliás, é necessário destacar que nosso campus é o que menos tem sentido o impacto da crise até o momento, em virtude de nosso planejamento com relação aos cortes. No entanto, a longo prazo e com a manutenção dos cortes até então previstos, o campus vislumbra enormes dificuldades em se manter em questões básicas, como por exemplo, o pagamento de suas contas. É evidente que as reivindicações que tratam diretamente sobre a qualidade do ensino público são bandeiras dos servidores ligados diretamente a estes setores como SINASEFE, ANDES e FASUBRA enquanto outras categorias reclamam também seus direitos específicos, sejam eles nos setores da saúde, da segurança, entre outros. Nesse sentido, portanto, não há nenhum contrassenso quando, ao compor forças com o Fórum dos SPFs, o SINASEFE sustente as bandeiras de reivindicação construídas em conjunto com as demais categorias exemplo disso será o ato denominado Mobilização Nacional, cuja realização se dará no próximo dia 23. Afinal, se mobilizar em prol do coletivo de servidores públicos não significa que as reivindicações específicas da categoria de servidores ligados à educação tenham sido abandonadas, mas sim, que são tratadas em instâncias diferentes. Prova disso são as ações abaixo: Durante a 56ª Reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), os Servidores do IFSul e do IFRS, o Comando Local e o Comando Nacional de Greve se dirigiram até a reitoria do Instituto, onde estava sendo sediada a reunião, para realizar a entrega formal de documentos que propusessem a criação de um Fórum permanente que discuta a consolidação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em busca da manutenção da qualidade dos serviços que são hoje ofertados por essa rede. Nesse fórum, está prevista a participação tanto do CONIF, do SINASEFE e da SETEC/MEC, como da comunidade acadêmica, principalmente de pais, mães e responsáveis por nossos alunos. Os documentos foram entregues ao presidente do Conselho, Belchior de Oliveira Rocha .
Na última sextafeira, 11/09, o SINASEFE formalizou sua contraproposta para o governo federal. Nela, mais uma vez, frisouse a importância da criação de um Fórum permanente para discussão da consolidação da rede federal de ensino . 2 Por fim, gostaríamos de ressaltar que tais proposições foram construídas com a participação efetiva dos servidores do Campus Camaquã, que têm contribuído tanto com a construção das proposições como, também, com sua efetiva participação no Comando Nacional de Greve, através de representantes nas assembleias nacionais. Sobre decisões tomadas pelo coletivo de servidores de nossa escola, na última reunião, realizada no dia 15/9, por ampla maioria, foi definido pelo INDICATIVO DE SAÍDA DA GREVE, ATRELADO À DECISÃO DO SINASEFE. O que significa? que a posição do Campus Camaquã, levada para a assembleia geral em Pelotas (dia 16) seria pelo final da greve, no entanto, sendo junto com o sindicato, por entender que a luta é coletiva e em nível nacional, dos servidores da educação federal. Neste domingo, dia 20, em São Paulo, ocorrerá a 136ª Plena do SINASEFE, onde, entre tantas questões, será discutido o futuro da mobilização, e em especial, da greve. O resultado desta Plena será debatida na reunião dos servidores do Campus Camaquã, em reunião que ocorrerá nesta terçafeira, dia 22, para levar sua posição à assembleia do SINASEFE IFSul, dia 23, em Pelotas. Sem mais para o momento, agradecemos à comunidade pela compreensão e apoio à luta por uma educação pública gratuita e de qualidade, bem como pela consciência de que uma pátria educadora não se faz apenas de discursos, mas de batalhas diárias pela formação intelectual e cidadã de nossos estudantes. Aos que desejarem INFORMAÇÕES OFICIAIS, acessem http://www.sinasefe.org.br/
Coletivo de servidores do IFSUL Campus Camaquã.”
