Camaquã passa a contar com possibilidade de saques de dólar digital (USDT)
Camaquã passa a contar com a possibilidade de saques de dólar digital USDT, o conhecido Tether, lançado em 2014 com uma proposta de paridade com o dólar dos Estados Unidos
A partir deste mês de novembro, a cidade de Camaquã passa a contar com a possibilidade de saques de dólar digital USDT, o conhecido Tether, a stablecoin (criptomoeda com lastro em uma moeda física) lançada em 2014 com uma proposta de paridade com o dólar dos Estados Unidos.
As transações poderão ser feitas através da Rede Banco24Horas, representada oficialmente pela BitNode Consultoria em Criptomoedas. A partir de agora, qualquer logista ou pessoa física pode liquidar Tether (dólar digital) nas mais de 24 mil caixas pelo Brasil, e também fazer a operação reversa, ou seja trocar bitcoin na hora por dólar e sacar em dinheiro.
De acordo com Sandro Fernandes, consultor da BitNode, esse é um grande passo para a adoção das Criptos. Ele foi o entrevistado do programa Bom Dia Camaquã desta segunda-feira, 31 de outubro, e trouxe detalhes da mudança. Assista:
A funcionalidade estará disponível a partir de 3 de novembro. Segundo a empresa, o objetivo da solução é atingir a população desbancarizada do país:
“Adicionar tokens de Tether a caixas eletrônicos no Brasil oferece a oportunidade de incluir mais pessoas no sistema financeiro”, disse Paolo Ardoino, diretor de tecnologia da Tether. “Isso trará grandes mudanças não apenas para o setor de pagamentos, mas para todo o ecossistema financeiro brasileiro”.
De acordo com o InfoMoney, o saque envolve a conversão da criptomoeda USDT para reais pela cotação do momento, por meio do site da startup brasileira SmartPay, que faz a intermediação entre TecBan, que opera os caixas da Banco24Horas, e Tether no Brasil. A conexão com o sistema de pagamentos brasileiro é feita via Celcoin, uma Instituição de Pagamento (IP) regulada pelo Banco Central.
Para fazer a transação, basta gerar uma ordem informando e-mail, CPF e o valor a ser convertido. Ao enviar o USDT para o endereço fornecido, o usuário obtém um código que pode ser usado para finalizar o saque por meio da função “saque digital” em caixas eletrônicos da TecBan.
“O usuário visita o nosso site e geramos um endereço de Tether para ele fazer a transferência. Em seguida fornecemos um código para realizar o saque, junto com o CPF, no caixa eletrônico”, conta Rocelo Lopes, CEO da SmartPay.
Segundo Lopes, o usuário pode enviar USDT para saques tanto a partir de carteiras digitais como a TrustWallet, quanto diretamente de exchanges de criptomoedas – o requisito é utilizar a rede Tron, conhecida por cobrar taxas baratas por transações.
Após o lançamento dos saques de USDT em novembro, o próximo passo será a oferta da operação inversa, de conversão de reais em USDT, dessa vez por meio de depósitos em espécie em caixas eletrônicos da rede Banco24Horas. A novidade deverá estar disponível em 4 mil caixas da TecBan com a funcionalidade de depósitos no início de fevereiro.
A USDT é a maior stablecoin (criptomoeda estável) do mundo, com US$ 68 bilhões de valor de mercado. Cada token USDT equivale a US$ 1. Segundo a empresa, mais de US$ 1,4 bilhão foi movimentado usando em USDT no Brasil em agosto, com quase 80 mil operações e um valor médio de quase US$ 18 mil por transação.