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Vítimas relatam assédio sexual cometido por pastor em Camaquã

Vítimas de 25 e 45 anos contaram que durante oração, pastor tocou partes íntimas de seus corpos; o acusado foi preso


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 12/08/2021
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Durante a noite desta quarta-feira, 11 de agosto, vítimas de assédio sexual cometido por um pastor de uma igreja evangélica de Camaquã participaram do programa Elas por Elas. As mulheres não quiseram se identificar, mas realizaram a denúncia durante conversa com a jornalista Renata Ulguim.

Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Camaquã, deflagrou a operação “Cordeiro de Deus”, com a prisão preventiva de um pastor que abusava sexualmente de suas fiéis. Segundo relatos das inúmeras vítimas, o pastor as convidava para uma “campanha de oração” em uma sala reservada, local onde abusava sexualmente delas. A prisão foi cumprida na residência do suspeito, localizada no bairro Floresta.

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“A identidade do preso não pode ser revelada, em razão do que dita a Lei 13.869/2019, lei do abuso de autoridade”, destacou da delegada responsável pelo caso, Vivian.

Além das vítimas, a  presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), Denise Sefrin, e a psicóloga e coordenadora da Rede De Atenção à Mulher (RAM), Laís Bazzo, participaram do programa. Por questão de ética a identidade das vítimas foi preservada. 

As convidadas salientaram a dificuldade que a mulher tem em fazer a denúncia, devido ao descrédito que as pessoas dão às denúncias, inclusive outras mulheres. Elas comentaram também sobre as agressões psicológicas que enfrentaram ao expor o assédio. 

A primeira vítima, de 25 anos, contou que há dois anos atrás fez parte de uma igreja na cidade de Camaquã. Ela lembrou que ela e o marido passaram a integrar cada vez mais as atividades da igreja e acompanhavam o pastor em várias ações da igreja. 

“Muitas vezes a pessoa espera a proximidade, espera ganhar confiança para mostrar quem realmente é”, comentou a primeira vítima. “Em junho deste ano, infelizmente, eu fui convidada pelo pastor para fazer uma campanha de oração. Eu estava grávida de 7 meses. Ele disse que eu deveria fazer a campanha por causa da gravidez, porque o inimigo estava armando contra a minha gravidez”, recordou.

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“No primeiro dia foi tranquilo, no segundo a esposa esteve junto e no final da oração ele disse que nunca mais era pra chamar ela, porque ela trancava as orações”, revelou. 

“Em outro dia eu fui até a sala que ele fazia as orações e chegando lá ele começou a orar e eu senti um incômodo, um aperto, mas fiquei ali com os meus olhos fechados crendo em uma cura porque ele dizia que tinha uma cruz no meio das minhas pernas”, falou.

“Ele começou a orar e me apertar, como estava gestante pensei, meu Deus, o meu filho, se a dor que eu estava sentindo era ele, ou a mão do pastor me apertando”, disse. “Ele apertou mais e eu me atirei no sofá atrás de mim. Eu dei um salto e perguntei o que ele estava fazendo e ele disse que esse mal já tinha caído por terra”, lembrou. 

“Eu fiquei muito nervosa. Ele tinha chaveado a porta. Eu não sabia se gritava, se chama meu esposo, se eu pedia socorro”, comentou a primeira vítima. 

“Eu corri para o banheiro sentindo muita dor e orando para que eu não perdesse o meu filho”, falou. “Naquele momento eu pensei no meu filho e em não ter escândalo na igreja. Pensei, meu Deus, o que aconteceu”, lembrou. 

Ela lembrou que passou muito mal depois disso, que ficou muito angustiada e que não conseguiu dormir direito. Depois do abuso a vítima não retornou mais a igreja. “Os dias passaram e uma moça me procurou, ela não estava mais indo nos cultos e disse que precisava falar comigo. Ela me contou que o pastor tinha se passado com ela”, afirmou. 

“Foram aparecendo vítimas e nós fomos até a delegacia, porque a gente não pode se calar”, falou. “Um verdadeiro homem de Deus jamais vai estar tocando em mulheres assim e mulheres devem apoiar mulheres”, comentou. 

“Infelizmente estamos passando por acusadoras e que estamos cometendo calúnia, mas Deus sabe a verdade e a justiça também”, disse.  

A segunda vítima que relatou o abuso cometido pelo mesmo homem, que atuava como pastor na mesma igreja, tem 45 anos de idade. Ela comentou que o assédio ocorreu nas mesmas condições que a primeira vítima, no escritório do pastor, com a porta trancada, sob a desculpa de uma campanha de oração. 

Ela lembrou que o pastor fechou a porta e pediu pra ela tirar o casaco para fazer a oração e assim ela fez. “Eu estava com casaco, com uma manta e foi pedido pra eu tirar porque eu precisava receber uma unção em partes do meu corpo”, relatou.

“Eu tive que ficar perto de um sofá, pra caso eu caísse”, lembrou. “É complicado de explicar. Eu não conseguia ter reação”, comentou.

Ela comentou que no dia seguinte retornou a igreja e que no momento da oração o pastor foi fechar a porta mas ela percebeu e a deixou apenas encostada, sem que ele percebesse. O pastor disse que ela precisa de uma unção, pedindo para tirar a blusa, para que fosse ungida. 

“Ele falou que ia ungir o meu seio e eu imaginei que ele ia pôr óleo na minha mão e eu vou por a mão no meu seio. Mas não foi isso que aconteceu. Ele colocou a mão no meu seio por dentro do sutiã, eu acredito que ele ia avançar”, contou. 

“Como a porta estava encostada, uma irmã entrou. Eu me calei. Fiquei dias em casa pensando naquilo”, lembrou. Depois disso, ela não retornou mais na igreja. Confira a entrevista completa:


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