Especialistas incentivam investimento em município da região de Camaquã
Segundo plataforma de de inteligência de mercado, a cidade de Dom Feliciano tem menor nível de concorrência e maior possibilidade de sucesso
As projeções de crescimento da economia brasileira para 2020 são otimistas e estão pautadas principalmente na retomada do setor da construção. Além do crescimento no nível de atividade e no lançamento de novos empreendimentos habitacionais, o cenário também é positivo para compras de insumos e de matérias-primas.
Seguindo este ritmo, a arrecadação das vendas de materiais de construção aumentaram 7,4% em 2019, superando a média das atividades varejistas e atacadistas do estado, que cresceram 1,2% no ano.
A alta no fluxo da arrecadação foi influenciada principalmente pela expansão do mercado de trabalho do comércio de material elétrico e de tintas, que tiveram saldo de quase 400 novos trabalhadores no ano. Destaque para os municípios de Panambi, Bento Gonçalves e Santa Cruz do Sul, que juntos somaram cerca de 100 novas vagas de emprego.
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Para quem quer investir no comércio de materiais de construção, os dados indicam que a atividade está mais consolidada nos municípios de Condor, Getúlio Vargas e Xangri-lá. Por outro lado, São Francisco de Assis, Alvorada e Dom Feliciano são municípios em que o setor ainda é incipiente, o que leva a um menor nível de concorrência e maior possibilidade de sucesso do empreendimento.
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Setor de Serviços
O setor de serviços fechou dezembro com queda de 0,4% em relação ao mês anterior e encerrou o ano de 2019 com crescimento de 1% no país, informou nesta quinta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no Rio Grande do Sul, o setor fechou 2019 com queda de 1,8%.
A expectativa do mercado era que os serviços tivessem crescimento de 1,5% no ano, na projeção da Bloomberg. Ainda assim, foi a primeira alta do volume de serviços no país em cinco anos. O setor vinha de sequências negativas desde 2015, tendo permanecido estável em 2018.
Apesar do registro positivo em 2019, o IBGE destacou que o Brasil ainda está longe de recuperar o que perdeu no período da recessão econômica.
— Entre 2015 e 2017 tivemos perda acumulada de 11%, então, essa alta de 2019 é importante, mas ainda está longe de alcançar o melhor resultado — afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Em 2019, o crescimento de serviços foi puxado principalmente pelo registro positivo em informação e comunicação, que acumulou alta de 3,3% no ano. O setor foi beneficiado pelo bom resultado de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet, como as ferramentas de busca.
— Esse crescimento é justificado também pela forma com que essas multinacionais fazem propaganda nas mídias sociais, o que reflete no aumento da receita — afirma Lobo.
A alta em serviços também pode ser creditada aos serviços de locação de automóveis, impulsionados pela mudança no comportamento do consumidor e aumento do número de motoristas de aplicativos. Segundo o IBGE havia divulgado em dezembro, cresceu 29,2% a população que trabalha em veículos em 2018.
Por outro lado, transporte rodoviário de cargas foi um serviço que esteve em queda no ano passado, motivado pelo encolhimento de 1,1% na indústria brasileira. Rodrigo Lobo explica que o setor industrial influencia bastante essa atividade.
O volume de serviços no Brasil já havia caído 0,1% em novembro, interrompendo duas altas seguidas em 2019. Na passagem de novembro para dezembro, três das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE caíram. O destaque negativo ficou com o setor de transportes e correios, pressionado por transporte terrestre, serviços prestados às famílias e serviços profissionais, administrativos e complementares.
No período, 16 das 27 unidades federativas recuaram, como Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná e Bahia.
Em contrapartida, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram os principais resultados positivos do período.