Camaquenses lotam cartório para realizar recadastramento biométrico
Segundo funcionários, movimento tem sido intenso no Cartório Eleitoral de Camaquã; recadastramento vai até o dia 11 de março
Durante esta quarta-feira (12), o Cartório Eleitoral de Camaquã teve mais um dia de intenso movimento. Centenas de camaquenses foram até o local para realizar o recadastramento biométrico, que vai até o dia 11 de março. Em Camaquã, a situação é preocupante, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que divulgou a lista atualizada do recadastramento biométrico nos municípios do Rio Grande do Sul.
A reportagem do Clic Camaquã foi até o local e conversou com os servidores, que afirmaram que o movimento intenso foi semelhante durante boa parte do dia, tendo o pico no começo e final da manhã. Ainda segundo eles, tem sido assim nas últimas semanas, com centenas de atendimentos diários.
A cidade de Camaquã aparece no topo da lista dos piores índices de recadastramento, dividindo a terceira colocação com a cidade de Carazinho. Segundo o TRE, se estima que 30% dos eleitores camaquenses percam o direito ao voto caso não realizem a biometria até o fim do prazo. O dia 11 de março é o prazo final para que eleitores de 22 cidades do Rio Grande do Sul façam o recadastramento biométrico, a partir das impressões digitais, que é obrigatório para essas regiões. Conforme o TRE, a estimativa leva em conta o baixo comparecimento dos eleitores, até o momento.
Os documentos necessários fazer o cadastramento biométrico são a carteira de identidade, comprovante de residência atual e o título eleitoral. O Cartório Eleitoral fica localizado na avenida Antônio Duro número 253, em frente ao Fórum.
O telefone para informações é o (51) 3671 4355. Para reforçar o número de cadastros, o Cartório Eleitoral opera em horário especial até o dia 28 de fevereiro em Camaquã:
– De segunda à quinta, das 11h às 17h
– Sextas-feiras, das 9h às 15h
A lista
A cidade com o índice mais crítico é Esteio, na região metropolitana. Dos 67.689 eleitores esteienses, 35.645 haviam realizado o cadastro biométrico até o fim de dezembro de 2019. O número representa 47% do total. O TRE estima que a média diária de recadastramento deva ser de 422 para que pelo menos 80% dos títulos sejam atualizados, até 11 de março. Até dezembro, no entanto, 164 pessoas faziam a biometria, em Esteio, por dia. Nos primeiros dias de 2020, pouco mais de 800 registros de impressão digital foram feitos, o que não é o bastante para melhorar o cenário.Aparecem no topo da lista de municípios com menor índice de cadastramento Rosário do Sul (com previsão de cancelamento de 36% dos títulos), Camaquã (onde se estima que 33% dos eleitores percam o direito de voto) e Carazinho (também com 33%). Em seguida vêm Torres, Santo Ângelo, Itaqui, São Borja e Capão da Canoa.
A cidade com melhor desempenho é Dom Pedrito, que revisou, até o fim de 2019, 66% dos cadastros de eleitores. De um total de 29.958, 19.838 registraram as impressões digitais até o último dia de dezembro. A lista positiva do TRE ainda relaciona as cidades de Erechim, Santiago, Santa Vitória do Palmar, Ijuí, Canela, Sapiranga, Santa Cruz do Sul, Guaíba, Cruz Alta, Lajeado e São Gabriel.
Já concluíram o processo biométrico 454 municípios e outros 21, entre eles Porto Alegre, terão o processo finalizado só em 2022. Na Capital, por exemplo, foram coletadas, até dezembro, 274.783 impressões digitais do total de 1,07 milhão de eleitores. Ou seja, 25,48% do eleitorado já está devidamente recadastrado. Dessa lista, a cidade com o maior índice de biometria é Bento Gonçalves, na Serra, com 56,56%. Das 89.268 pessoas aptas a votar, 50.489 já se recadastraram.
Biometria
O recadastramento biométrico começou em 2015 no Rio Grande do Sul. Além do recadastramento regular, que acontece sempre que o eleitor espontaneamente procura atendimento, também está sendo utilizado, para concluir o processo de coletas dos dados biométricos em determinados municípios, o mecanismo de revisão do eleitorado.
O cidadão pode acessar o site do TRE-RS e escolher o dia e o horário para atendimento no Cartório Eleitoral responsável pelo município onde mora, ou comparecer diretamente no local portando documento de identificação, preferencialmente com foto, e comprovante atualizado de domicílio.
Quem tiver o título cancelado pode ter prejuízos como não conseguir efetuar inscrição em concurso para função pública; no caso de ser servidor público, não receber salário; não obter passaporte, carteira de identidade ou empréstimos, entre outras restrições.
