Brasil tem 16 casos suspeitos de Coronavírus, sendo 4 no Rio Grande do Sul
Quatro casos suspeitos estão no Rio Grande do Sul, que teve outros três descartados; no Mundo todo, são mais de 11 mil casos e 259 mortos pela doença
O Ministério da Saúde emitiu no boletim sobra a situação do vírus que tem assustado o Mundo inteiro. Em nota, o órgão informou neste sábado (1) que o Brasil tem 16 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV, sendo quatro no Rio Grande do Sul. Nenhum caso foi confirmado.
Existem casos suspeitos no Ceará (1), São Paulo (8), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (4). Além disso, houveram outros 10 casos descartados: Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1) , São Paulo (2), Paraná (1), Santa Catarina (2) e Rio Grande do Sul (3).
O balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela 11.953 casos em 24 países ou territórios e 259 mortes na China.
Casos no Brasil
UF | Suspeito | Confirmado | Descartado |
CE | 1 | 0 | 0 |
MG | 0 | 0 | 1 |
RJ | 0 | 0 | 1 |
SP | 8 | 0 | 2 |
PR | 1 | 0 | 1 |
SC | 2 | 0 | 2 |
RS | 4 | 0 | 3 |
TOTAL | 16 | 0 | 10 |
Casos no mundo
China* | 11821 |
Japão | 17 |
Coreia | 12 |
Vietnã | 6 |
Cingapura | 16 |
Austrália | 12 |
Malásia | 8 |
Camboja | 1 |
Filipinas | 1 |
Tailândia | 19 |
Nepal | 1 |
Sri Lanka | 1 |
India | 1 |
Estados Unidos | 7 |
Canada | 4 |
França | 6 |
Finlândia | 1 |
Alemanha | 7 |
Itália | 2 |
Rússia | 2 |
Espanha | 1 |
Suécia | 1 |
Reino Unido | 2 |
Emirados Árabes Unidos | 4 |
Total | 11953 |
Emergência de saúde pública
Nesta quinta-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos do coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 23 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.
“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Infecções mais rápidas
Os casos do 2019-nCoV estão se espalhando mais rápido, mas matam menos do que a Síndrome Respiratória Aguda Grave, SARs-CoV, que causou um surto na China entre 2002 e 2003, e do que o H1N1, vírus que levou a uma pandemia em 2009 e que continua fazendo vítimas.
A Sars levou à morte 916 pessoas e contaminou 8.422 durante toda a epidemia (2002 a 2003). A taxa de letalidade é de 10,87%. Isso representa quase 11 mortes a cada 100 doentes. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS).
As duas infecções são causadas por vírus da família “coronavírus”, e recebem este nome porque têm formato de coroa.
Se comparados a outro vírus que causa doença respiratória, como o H1N1, o número de pessoas que morrem é maior do que o registrado pelo coronavírus. Em 2019, somente no Brasil, 796 pessoas morreram com H1N1 e 3.430 foram infectados. Ou seja, a gripe matou 23,2% dos pacientes internados no Brasil com sintomas, ou 23 a cada 100 doentes.
Recomendações
Os especialistas recomendam a “etiqueta respiratória” para evitar a transmissão: cobrir a boca com a manga da roupa ou braço em caso de tosses e espirros e sempre lavar as mãos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que os serviços de saúde adotem protocolos de prevenção antes, durante e depois da chegada do paciente, com desinfecção e ventilação de ambientes.
Para quem trabalha em pontos de entrada no país, como aeroportos e fronteiras, é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas.
Caso haja algum caso suspeito em aviões, navios e outros meios de transporte, é recomendado usar máscara cirúrgica, avental, óculos de proteção e luvas. A inspeção de bagagens deve ser feita com máscara cirúrgica e luvas.
Ciclo do novo coronavírus – transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1