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Após décadas desaparecido, escudo de Giuseppe Garibaldi é encontrado

Peça foi encontrada após duas décadas na cidade de Roma, na Itália; Garibaldi foi um dos responsáveis pela construção do "Seival", fato ocorrido em Camaquã no século XVIII


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 02/01/2020 Atualizado 26/01/2022
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A Polícia de Arte Italiana recuperou uma escultura desaparecida conhecida como Escudo de Garibaldi da casa de um arquiteto em Roma. O escudo de bronze ornamental foi um presente do povo da Sicília ao general Giuseppe Garibaldi, que desempenhou um papel importante na luta pela unificação italiana e é considerado um dos “pais da pátria”.

A peça foi feita por Antonio Ximenes, pai do renomado escultor Ettore Ximenes. Tem um diâmetro de 118 cm e pesa cerca de 50 kg. Foi doado por Garibaldi à cidade de Roma e confiado aos Museus Capitolinos, que posteriormente o transferiram para o Museu Central do Risorgimento. Ele desapareceu daquele museu há 20 anos. A polícia está investigando como foi parar na casa do arquiteto.

Garibaldi capturou a imaginação do mundo em 1860 depois de invadir a Sicília com 1.000 voluntários levemente armados, conhecidos como camisas vermelhas. Eles derrotaram 12.000 tropas napolitanas, tomaram a ilha e, decididos a unificar a península italiana, invadiram o continente. Eles ocuparam Nápoles e desencadearam uma onda de apoio à unificação. A escultura é considerada uma obra de arte única.

A cabeça de Garibaldi é retratada juntamente com as principais batalhas que ele travou, e os nomes de seus mil soldados estão gravados. De acordo com o mais recente boletim de obras de arte roubada dos carabinieri, a polícia paramilitar da Itália, 8.405 itens desapareceram na Itália apenas no ano passado, incluindo artefatos arqueológicos, armas antigas e textos medievais. Mais de 1 milhão de obras são listadas como ausentes.

No início de dezembro, uma pintura que se acreditava ser Gustav Klimt foi descoberta escondida em uma parede de uma galeria em Piacenza, de onde desapareceu há 23 anos.

Além de lutar pela unificação italiana, Garibaldi também travou batalhas na América do Sul. No Brasil, ele se juntou ao gaúcho Bento Gonçalves na Revolução Farroupilha, em 1838. Durante a Tomada de Laguna, no litoral de Santa Catarina, ele conheceu a catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro, que mais tarde passou a se chamar Anita Garibaldi, com quem se casou. Ela se tornou sua companheira de lutas na América do Sul e na Itália.

Foto: Alinari/Rex

 

Passagem pelo Brasil e por Camaquã

Garibaldi residiu algum tempo no Rio de Janeiro, onde foi membro da Congrega della Giovine Itália, fundada por Giuseppe Stefano Grondona. Foi também no Rio de Janeiro que conheceu Luigi Rossetti, com quem se juntou à Revolução Farroupilha.

Também conheceu Bento Gonçalves da Silva ainda em sua prisão, no Rio de Janeiro, e obteve dele uma carta de corso para aprisionar embarcações imperiais. Em 1 de setembro de 1838, Garibaldi foi nomeado capitão-tenente, comandante da marinha farroupilha. Rossetti e Garibaldi transformaram seu pequeno barco comercial Mazzini em corsário a serviço da República Rio-Grandense. No caminho para o sul, atacaram um navio austríaco, com uma carga de café e trocaram de navio com seus ocupantes, rebatizando a nova embarcação de Farroupilha. Enquanto Rossetti desembarcou no porto de Maldonado, Garibaldi foi capturado pela polícia marítima uruguaia, acabando preso na Argentina. Depois de algum tempo preso, tendo inclusive sido torturado, conseguiu fugir e chegar ao Rio Grande do Sul.

Junto dos republicanos foi encarregado de criar um estaleiro, o que foi feito junto a uma fábrica de armas e munições em Camaquã, na estância de Ana Gonçalves, irmã de Bento Gonçalves. Lá Garibaldi coordenou a construção e o armamento de dois lanchões de guerra. Para participar da empreitada marinheiros vieram de Montevidéu e outros foram recrutados pelas redondezas.

Terminada a construção dos barcos, foram lançados à água os lanchões Seival e Farroupilha. Porém, acossados pela armada de John Pascoe Grenfell, não tiveram muito sucesso: capturaram alguns barcos de comércio desprevenidos, em lagoas ou rios longe da Armada Imperial. Surgiu, então, o plano de levar os barcos pela lagoa dos Patos até o rio Capivari e, dali, por terra, sobre rodados especialmente construídos para isso, até a barra do Tramandaí, onde os barcos tomariam o mar.

Os farrapos despistaram a armada imperial e conseguiram enveredar pelo estreito do rio Capivari e passaram os barcos à terra em 5 de julho de 1839. Puxados sobre rodados, os dois lanchões artilhados, com cem juntas de bois, atravessaram ásperos caminhos, pelos campos úmidos – em alguns trechos completamente submersos, pois era inverno, com tempo feio, chuvas e ventos, que tornavam o chão um grande lodaçal. Cada barco tinha dois eixos e quatro grandes rodas, revestidas de couro cru. Piquetes corriam os campos entulhando atoleiros, enquanto outros cuidavam da boiada.

Levaram seis dias até a lagoa Tomás José, vencendo 90 km e chegando a 11 de julho. No dia 13, seguiram da lagoa Tomás José à barra do rio Tramandaí, no oceano Atlântico e no dia 15, lançaram-se ao mar com uma tripulação mista de 70 homens. O Seival, de 12 toneladas, era comandado pelo norte-americano John Griggs, conhecido como “João Grandão”, e o Farroupilha de 18 toneladas, comandado por Garibaldi – ambos armados com quatro canhões de doze polegadas, de molde “escuna”. Por fim, a 14 de julho de 1839, os lanchões rumaram a Laguna para atacar a província vizinha. Na costa de Santa Catarina, próximo ao rio Araranguá, uma tempestade pôs a pique o Farroupilha, salvando-se milagrosamente uns poucos farrapos, entre eles o próprio Garibaldi.

Com a chegada da marinha farroupilha a Santa Catarina, unindo-se às tropas do exército, sob o comando geral de David Canabarro, foi possível preparar o ataque a Laguna por terra e pela água. A marinha farroupilha entrou através da lagoa de Garopaba do Sul, passando pelo rio Tubarão e atacou Laguna por trás, surpreendendo os imperiais que esperavam um ataque de Garibaldi pela barra de Laguna e não pela lagoa. Garibaldi tomou um brigue e dois lanchões, enquanto somente o brigue-escuna Cometa conseguiu escapar para o mar.

O império então impôs um bloqueio naval que buscava estrangular a república economicamente. Garibaldi ainda conseguiu furar o bloqueio com três barcos, capturou dois navios de comércio, trocou tiros com o brigue-escuna Andorinha e tomou o porto de Imbituba. Alguns dias mais tarde retornou a Laguna, em 5 de novembro.

Pouco tempo depois, o império reagiu com força total, comandado pelo general Francisco José de Sousa Soares de Andrea, comandante de armas de Santa Catarina, com mais de três mil homens atacando por terra. Enquanto isto, por mar, o almirante imperial Frederico Mariath, com uma frota de 13 navios, melhor equipados e experientes, iniciou a batalha naval de Laguna. Garibaldi fundeou convenientemente seus cinco navios, que se bateram contra os imperiais valentemente, mas sem chances de vitória. Nos navios farroupilhas nenhum comandante ou oficial escapou com vida. O próprio Garibaldi, vendo a derrota iminente, queimou seu navio, a escuna Libertadora, e se juntou à tropa de Canabarro, que preparou a retirada de Laguna. Era o fim da marinha farroupilha.

Em Laguna, Garibaldi ainda conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi, com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália.

“Eu vi corpos de tropas mais numerosas, batalhas mais disputadas, mas nunca vi, em nenhuma parte, homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela cavalaria rio-grandense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e combater dignamente pela causa sagrada das nações. Quantas vezes fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrosos que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou, por mais de nove anos contra um poderoso império, a mais encarniçada e gloriosa luta!”

Depois das queda de Laguna, as tropas farroupilhas tomaram o caminho de Lages para retornar ao Rio Grande do Sul. Enquanto isso, o governo imperial havia decidido enviar um contingente de tropas ao sul pelo interior, com a missão de retomar Lages e depois auxiliar contra o cerco de Porto Alegre pelos farrapos. Travando pequenos combates com piquetes farroupilhas em novembro, através dos Campos dos Curitibanos e Campos Novos, as tropas imperiais chegaram a Lages, onde retomaram a vila.

Os farroupilhas ainda retomaram Lages brevemente, mas as tropas legalistas foram reforçadas por uma divisão vinda de Cruz Alta, sob o comando do coronel Antônio de Melo Albuquerque, o “Melo Manso”. Garibaldi e Teixeira Nunes, pressentindo um ataque, dividiram suas tropas, uma partindo para o norte, onde, perto do rio Marombas encontrou uma tropa legalista superior em 12 de janeiro de 1840. Os republicanos foram dizimados e dos 500 iniciais, menos de 50 conseguiram retornar a Lages e depois voltar ao Rio Grande do Sul.

Garibaldi ainda participou com Bento Gonçalves, Domingos Crescêncio de Carvalho e 1200 homens da campanha pela conquista de São José do Norte, onde, depois de uma longa marcha a cavalo, se travou uma duríssima batalha de quase nove horas, tendo os farrapos tomado a cidade por pouco tempo – a reação vinda de Rio Grande logo expulsou os farrapos embriagados.

A pedido, o presidente Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti Garibaldi, nascido em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. Recebeu um rebanho de 900 cabeças de gado, das quais, depois de 600 quilômetros de marcha, 300 chegaram a Montevidéu, em junho de 1841.


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